Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC5.22 - RESPOSTAS À PANDEMIA DE COVID-19: ATENÇÃO HOSPITALAR E APOIO MATRICIAL

41153 - OS EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NAS NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NOS MUNICÍPIOS DE NITERÓI E RIO DE JANEIRO, UMA COMPARAÇÃO DO ANO DE 2019 COM O DE 2020.
WILLIAN ALVES DA ROCHA - UFRJ, DANIELLE COUTINHO DOS SANTOS - UFRJ, PATRICIA SOLANGE TAVARES VIEIRA - UFRJ, JULIENE NEVES ALVES - FIOCRUZ, ARIONEIDE ALVES BATISTA - FIOCRUZ, ARETA PEIXOTO VELLASQUES - UFRJ, BRENDA CRISTINE FERNANDES DE ALMEIDA - UFRJ, MARIA DE LOURDES TAVARES CAVALCANTI - UFRJ


Apresentação/Introdução
O isolamento social e as mudanças sociais causadas pela pandemia de COVID-19, impulsionaram a ocorrência de ansiedade e depressão em indivíduos de todos os gêneros e faixas etárias, bem como casos de automutilação e tentativas de suicídio, esperando-se um aumento nas notificações de violência autoprovocadas.

Objetivos
Analisar as tendências e os efeitos nas notificações de violência autoprovocada no primeiro ano pandêmico comparando com o ano anterior em dois municípios do estado do Rio de Janeiro (RJ).

Metodologia
Análise das notificações de violência autoprovocada nos municípios do Rio de Janeiro em 2019 e 2020 (até 7/12/2020), com base no banco de dados das notificações de violência dos municípios do estado do RJ, fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, após aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IESC/UFRJ. Para análise do banco de dados, foi utilizado o software RStudio para cruzamento dos indicadores e os recursos do Microsoft Excel para formatação das tabelas e consolidação dos dados. Foram selecionados os Municípios Rio de Janeiro e Niterói para o presente estudo, por apresentarem o maior número de notificações de violência autoprovocada em 2019.

Resultados
Foi observada uma redução no número de notificações de violência autoprovocada nos dois municípios em 2020, sendo uma redução de 45,92% nas notificações em Niterói e de 25,82% no município do Rio de Janeiro. A incidência foi maior na faixa etária entre 20 à 29 anos, no sexo feminino, na raça/cor parda. O principal local de ocorrência foi a residência da vítima, nos dois municípios no período analisado. Os resultados em questão são recortes da pesquisa “Diagnóstico situacional da vigilância às violências interpessoais/autoprovocadas em municípios do estado do Rio de Janeiro, no contexto da pandemia de COVID-19”, que se encontra em curso.

Conclusões/Considerações
Constata-se uma redução no registro de casos de violência autoprovocada na pandemia, uma relação contrária ao esperado, ressaltando a possibilidade de subnotificação dos casos. O fato das unidades de saúde estarem voltadas para atenção aos casos de COVID-19 e o medo de contaminação no caso de vítimas procurarem atendimento em unidades de saúde, podem ter colaborado para redução da notificação de casos em 2020.