Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.21 - REDES DE APOIO, PERCEPÇÕES E INOVAÇÕES EM TEMPOS DE COVID-19

40638 - PERCEPÇÃO DE PAIS E CUIDADORES DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA SOBRE OS SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL
JENIFER SILVA DE SOUZA - UNICAMP, MARIA CECÍLIA MARCONI PINHEIRO LIMA - UNICAMP


Apresentação/Introdução
Pais de crianças com deficiência encontram diversas vezes dificuldades em lidar com a condição do filho, necessitando de apoio social, comunitário e principalmente dos profissionais de saúde. Com a chegada da pandemia do novo coronavírus decretada pela Organização Mundial da Saúde em março de 2020, houve a paralisação de atendimentos em muitos serviços de reabilitação no Brasil.

Objetivos
Analisar a percepção de pais e cuidadores de crianças com deficiência sobre os serviços de reabilitação no Brasil durante a pandemia; identificar: o fornecimento de orientações; dificuldades dos pais apresentadas; recebimento de materiais de apoio.

Metodologia
Estudo qualitativo, com delineamento transversal. Submetido e aprovado pelo CEP pela Universidade Estadual de Campinas, sob número CAAE 03883818.9.0000.5404. Análise de conteúdo realizada pelo software Atlas.ti®.
Participaram pais e cuidadores de crianças com deficiência de zero a quatro anos de idade, com diagnóstico clínico das principais afecções neurológicas da infância que foram recrutados através das mídias sociais. A coleta de dados ocorreu através da plataforma Survey Monkey por um questionário com 17 perguntas, aberto por um período de três meses. As conversas conduzidas no modo privado e que fugiram do escopo do questionário foram compiladas no diário de campo.


Resultados
Todos os questionários foram lidos na íntegra e após observada saturação das respostas, 37 foram elegíveis. Sendo pais de crianças com Mielomeningocele e Paralisia Cerebral com idade de 24 a 45 anos, e a média de faixa etária da criança de três anos.
A suspensão das sessões variou de 2 a 9 meses. Durante este período vinte e seis famílias receberam orientações do profissional ou da instituição para estimular a criança em casa, para os demais a justificativa fornecida era para aguardar a retomada dos atendimentos. Vinte e oito famílias levavam seus filhos para atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde. Dezesseis famílias tiveram dificuldades para realizar as atividades propostas.


Conclusões/Considerações
Sabe-se que pais de crianças deficientes se sentem incapacitados e com dificuldades em cuidar e lidar dos mesmos em casa; devido à gravidade do comprometimento motor tarefas de atividades de vida diária podem estar prejudicadas.
Foram identificados através das falas dos pais sentimentos de preocupação com a suspensão dos serviços de reabilitação durante a pandemia e medo com o aumento de prejuízos no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças.