Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.21 - REDES DE APOIO, PERCEPÇÕES E INOVAÇÕES EM TEMPOS DE COVID-19

38597 - ARRANJOS E INOVAÇÕES NO ENFRENTAMENTO DA COVID: AÇÕES DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO DA SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO
LUÍS FERNANDO NOGUEIRA TOFANI - UNIFESP, ANA LÚCIA PEREIRA - UNIFESP, ANDRÉ LUIZ BIGAL - UNIFESP, MARCELO DAYRELL VIVAS - UNIFESP, NICANOR RODRIGUES DA SILVA PINTO - UNIFESP, SANDRA MARIA SPEDO - UNIFESP, ARTHUR CHIORO - UNIFESP


Apresentação/Introdução
A emergência sanitária devido à pandemia da COVID-19 impôs a gestores do SUS novos desafios. As altas taxas de transmissão, de incidência de casos graves e fatais e o risco de colapso do sistema de saúde exigiram planos de contingência. Analisar experiências loco-regionais assume importância ímpar dada as diferenças sanitárias, econômicas, sociais, demográficas e de acesso aos serviços de saúde.

Objetivos
Analisar as produções, invenções e desafios na área da Vigilância em Saúde implementadas pelas redes de atenção à saúde no Estado de São Paulo para o enfrentamento da pandemia da COVID-19.

Metodologia
Trata-se de uma investigação do tipo estudo de casos múltiplos, com abordagem quali-quantitativa. Foram utilizados dois questionários semiestruturados, dirigidos aos 645 gestores de SUS municipais e aos 17 gestores regionais de saúde no estado de São Paulo composto por questões fechadas e abertas. Os endereço de internet (link) para acesso aos questionários foram enviados por e.mail, cujo preenchimento foi precedido do aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sendo a participação voluntária. O período de coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. O estudo foi aprovado pelo CEP da UNIFESP e tem financiamento da FAPESP (PPSUS-2020).

Resultados
Os questionários foram respondidos por 39,5% (255) das gestões municipais do SUS e 14 gestões regionais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. As principais ações identificadas foram: elaboração de planos de contingência, criação de centros regionais de operações de emergências em saúde pública (COE-SP), disponibilização de testes para COVID-19, realização de inquérito sorológico em 38% dos municípios, adoção de estratégias sanitárias (utilização de máscaras, isolamento, busca ativa de contactantes), barreiras sanitárias em acessos terrestres, aéreo e marítimo, restrição de atividades, planos de retomada e ações de imunização.

Conclusões/Considerações
O Plano São Paulo, estratégia do governo estadual visando a retomada das atividades econômicas e com forte componente midiático, parece ter sido a principal referência técnica para os gestores municipais do SUS. Nesse contexto, outras ferramentas técnicas, incluindo o COE, tiveram menor destaque. Contudo, a maioria dos municípios e regiões de saúde foram implementadas distintas ações de vigilância em saúde para o enfrentamento da pandemia de COVID-19.