23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.15 - IMPACTOS DA PANDEMIA E TRATAMENTO DE CÂNCER E DOENÇAS CRÔNICAS |
41632 - IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID 19 NO NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CRÔNICAS EM UM GRANDE CENTRO URBANO BRASILEIRO EDMAR GERALDO RIBEIRO - UFMG, LILIAN CRISTINA REZENDE - UFMG, RENATO AZEREDO TEIXEIRA - UFMG, PEDRO CISALPINO PINHEIRO - UFMG, BÁRBARA VILAÇA TEMPONI - UFMG, DANIEL BARBOSA VILELA - UFMG, TULIO BATISTA FRANCO - UFF, LUISA CAMPOS CALDEIRA BRANT - UFMG, ALZIRA DE OLIVEIRA JORGE - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG
Apresentação/Introdução No ano de 2020, com a pandemia do coronavírus (COVID-19), medidas de distanciamento social foram adotadas em todo o mundo e os sistemas de saúde foram reorganizados para lidar com o aumento no número de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, priorizando esses atendimentos, apontando para mudanças no padrão de internações hospitalares, o no comportamento dos indivíduos nos sistemas de saúde.
Objetivos Analisar os efeitos nas internações hospitalares por doenças cardiovasculares (DCV), Diabetes Mellitus (DM) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em Belo Horizonte, no período da pandemia de COVID 19.
Metodologia Foram utilizados dados do SIH-DATASUS para internações hospitalares por Doenças Cardiovasculares (Insuficiência Cardíaca (IC), Acidente Cerebral Vascular(AVC), Síndrome Coronariana Aguda(SCA); Diabetes Mellitus (DM); e, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Uma série histórica, com dados de 2015 a Fevereiro/2020 foram usados para estimar, com o modelo ARIMA (Auto-Regressive Integrated Moving Average), o número esperado de hospitalizações por DCV, DM e DPOC no período de março a junho/2020. Comparou-se, então, os números esperados de internações hospitalares, uso de terapia intensiva, óbitos na internação e tempo médio de permanência com os observados no período.
Resultados Comparado com a série histórica, o número de internações por DCV apresentou queda de 17,8%, e de 19,9% no total de utilização de UTI, o número de óbitos intra-hospitalares a redução foi de 19,0%. Para DM, a partir de 2020 observa-se número menor de internações observado comparado ao projetado, porém internações que utilizaram UTI mostra tendência de aumento no período de análise, com maior aumento a partir de 2019. Para DPOC observou-se magnitude das oscilações e variação sazonal da série ao logo dos anos, houve redução das internações (40%) e utilização de UTI (42,2%) de modo expressivo após fevereiro de 2020, com picos da utilização de UTI nos anos anteriores em março de 2018 e fevereiro 2019.
Conclusões/Considerações As internações por doenças crônicas não transmissíveis diminuíram durante os primeiros meses da pandemia, possivelmente devido as medidas de distanciamento social e reorganização do sistema de saúde. A não procura por atendimento gera preocupação e campanhas de conscientização sobre a importância da busca por assistência médica em tempo hábil, além da retomada de medidas de promoção de saúde e controle dos fatores de risco, devem ser priorizadas.
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