23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.15 - IMPACTOS DA PANDEMIA E TRATAMENTO DE CÂNCER E DOENÇAS CRÔNICAS |
41454 - MANUTENÇÃO DE NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D E INCIDÊNCIA DE COVID 19, ESTUDO PROSPECTIVO DE 1 ANO EM AMBULATÓRIO DO SUS MORGANA AMANDA VEQUI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - PPGSC, JHENIFER CINTIA BENETI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - PPGSC, ANA LUISA LAGES BELCHOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - PPGSC, ANDRÉ JUNQUEIRA XAVIER - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - PPGSC
Apresentação/Introdução Na pandemia de COVID-19 diversas estratégias foram propostas para evitar o contágio e diminuir a morbimortalidade de idosos. Metanálises já haviam demonstrado que o Sistema Endócrino da Vitamina D pode promover aumento na imunidade em relação a infecções virais e discutiram a hipovitaminose D como um fator de risco desenvolvimento de doenças respiratórias ou mesmo um marcador de saúde frágil.
Objetivos Avaliar os níveis séricos prévios de colecalciferol e gravidade da COVID-19 em um ambulatório da memória do SUS em período pré-vacinal.
Metodologia Estudo de coorte aberto, prospectivo com pessoas de 50 anos ou mais, acompanhados em ambulatório da memória no sul do país, de 01/02/2020 a 01/03/2020. O desfecho foi RT-PCR (+), com ou sem necessidade de internação (leve ou moderado/grave). O preditor principal foram os níveis prévios de colecalciferol em exames de rotina nos últimos 8 anos, excluindo-se aqueles até 1 mês antes da data da RT-PCR (+), pois a própria presença da COVID-19 rebaixa agudamente os níveis séricos de colecalciferol e vigência de outras patologias agudas. Análise por meio de Equações de Estimativas Generalizadas (GEE) IC 95% em modelo controlado para HAS, DM II, morar sozinho, gênero, idade e escolaridade.
Resultados Amostra de 113 pessoas, 96 negativos para COVID 19, 13 RT-PCR (+) sem internação e 4 foram internados por COVID-19 grave, nenhum óbito. Em relação aos RT-PCR (+) sem internação, foram significativos: maior escolaridade, HAS, DM II, gênero feminino e morar sozinho com p≤0,000; menor idade com p=0,055 (limítrofe) e menor nível de colecalciferol p=0,036. Em relação a internação por COVID-19 foram significativos: gênero feminino, DM II, menor idade e maior escolaridade com p≤0,000, HAS com p= 0,049, morar sozinho com p=0,045, bem como a vitamina D com p=0,001.
Conclusões/Considerações Os níveis séricos colecalciferol prévios foram significativamente mais baixos entre aqueles internados por COVID-19. Os níveis séricos de colecalciferol podem ser um marcador de longo prazo de saúde frágil em relação à gravidade da COVID-19. A maior exposição pode explicar a maior incidência entre os mais escolarizados, mais jovens e mulheres.
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