22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC5.12 - COVID-19: ESTUDOS POPULACIONAIS SOBRE PERFIL DE PACIENTES E COBERTURA VACINAL |
41071 - PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME GRIPAL (SG) E SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) POR COVID-19 ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO LEONARDO HENRIQUES PORTES - UFRJ, GILSON JÁCOME REIS - UFRJ, ERIKA FONSECA CAMARGO MARSICO - UFRJ, MARIANA DE BARROS ARAÚJO - UFRJ, HENRIQUE RODRIGUES DE CASTRO - UFRJ, ANA MARIA PEREIRA RANGEL - UFRJ, MARIA DE FÁTIMA DIAS GAUI - UFRJ, MARCELLA MARTINS ALVES TEOFILO - UFRJ, MARTA GUIMARÃES CAVALCANTI - UFRJ, MARIA STELLA DE CASTRO LOBO - UFRJ
Apresentação/Introdução A pandemia da COVID-19 impôs diversos desafios ao Brasil. A desigualdade do país potencializou os casos e óbitos de COVID-19 de maneira acelerada e distinta nas regiões e estados. Considerando as implicações que resultam em maior risco de hospitalização por COVID-19, é relevante a produção de evidências que envolvam aspectos clínicos, epidemiológicos e socioeconômicos relacionados à doença.
Objetivos Descrever o perfil dos casos hospitalizados por COVID-19 e as variáveis associadas ao óbito em um hospital universitário do município do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo transversal, com dados das fichas de notificação e dos atendimentos dos pacientes com COVID-19 hospitalizados com Síndrome Gripal (SG) e/ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre março de 2020 a março de 2021. Após a notificação de suspeita de COVID-19, foram realizados a coleta de dados e o monitoramento dos casos por meio de revisão dos prontuários e contato com os profissionais de saúde. Características sociodemográficas, clínicas e desfechos intermediários foram analisadas estatisticamente a fim de conhecer os fatores associados ao óbito por COVID-19.
Resultados Foram hospitalizados 838 pacientes. 65,4% dos casos receberam alta e 34,6% faleceram.
A faixa etária a partir de 60 anos apresentou maior hospitalização (63,7%) e desfecho com óbito (75,2%). A hospitalização e mortalidade de ambos os sexos foram semelhantes. 53,9% dos pacientes pertenciam ao grupo dos “não brancos” e não houve diferença quanto ao desfecho. Quanto à escolaridade, 69% dos óbitos ocorreram entre pacientes com até 8 anos de estudo.
Entre os pacientes que faleceram, mais de 70% necessitaram de ventilação mecânica e 80% possuíam duas comorbidades ou mais. Nesse grupo, a ocorrência de cardiomiopatias/arritmias malignas, hemodiálise ou sangramento foi significativamente maior.
Conclusões/Considerações Conforme outros estudos, destaca-se a associação da doença e pior prognóstico à idade avançada, baixa escolaridade e comorbidades prévias.
A integração dos hospitais na rede de atenção à saúde é fundamental para o enfrentamento da pandemia pelos entes federados.
Além dos aspectos clínicos, os determinantes da saúde são centrais na definição de políticas de abordagem da COVID-19 e devem ser considerados na produção de novas evidências científicas.
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