Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.12 - COVID-19: ESTUDOS POPULACIONAIS SOBRE PERFIL DE PACIENTES E COBERTURA VACINAL

39661 - A COBERTURA VACINAL CONTRA COVID-19 E SEUS DESAFIOS PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA
MARIANA GOMES DE CERQUEIRA RIBEIRO - UCSAL, JOANE TALITA SCHRAMM DE SOUZA - UCSAL, MAÍSA MÔNICA FLORES MARTINS - UCSAL, LETÍCIA SILVA OLIVEIRA CONCEIÇÃO - UCSAL


Apresentação/Introdução
Em Salvador, até maio de 2022, foram notificados 267.269 casos de COVID-19 e 8.207 óbitos (letalidade de 3,1%). A campanha de vacinação contra a doença foi iniciada em 2021 e até os dias atuais conta com desafios como a desinformação, a disseminação de Fake News, e uma atuação heterogênea da Atenção Básica, responsável pela gestão e aplicação dos imunizantes na população.

Objetivos
Analisar a cobertura vacinal contra COVID-19 em Salvador-Ba e sua relação com a atuação da Atenção Básica no município.

Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico acerca da cobertura vacinal contra a COVID-19 no município de Salvador-Ba e sua relação com a atuação da Atenção Básica em seu território. Foram analisadas as coberturas vacinais municipais e estaduais disponibilizadas no site oficial da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (atualizada até 30/05/2022), além da cobertura nacional disponibilizada na Nota Técnica do Observatório Covid-19 da Fiocruz/Ministério da Saúde (atualizada até 13/03/2022). As coberturas da Atenção Básica para as três esferas foram retiradas do site e-Gestor da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), com dados disponibilizados até dezembro de 2020

Resultados
A cobertura vacinal municipal contra COVID-19 de indivíduos com 12 anos ou mais tanto para primeira (D1-88,3%), quanto para segunda dose (D2-83,9%), foram inferiores às coberturas nacionais (D1-91,4% e D2-86,1%) e estaduais (D1-91,2% e D2-84,0%). A situação se inverte nos reforços, quando o município apresenta a maior proporção de doses aplicadas (D3-57,4% e D4-20,8%). Quando analisadas as coberturas da Atenção Básica, novamente o município se apresenta em desvantagem, com apenas 56,4% do seu território atendido, sendo a menor se comparada com a das esferas nacional (76,1%) e estadual (84,3%).

Conclusões/Considerações
A deficiência da vacinação não é exclusiva à COVID-19 já que ao longo dos anos tem-se assistido à redução da cobertura de muitos dos imunizantes do calendário nacional. Assim, além da urgente necessidade de ampliar a presença da Atenção Básica no município, deve-se repensar suas estratégias de sensibilização quanto à importância da adesão à vacinação, demandando ações contínuas de educação voltadas a seus usuários e profissionais.