Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.11 - SAÚDE MENTAL E SUAS REPERCUSSÕES NA PANDEMIA DA COVID-19

38467 - IMPACTOS EM SINTOMAS DE ANSIEDADE E CONSUMO DE ÁLCOOL EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS E CUIDADORES NA AMÉRICA LATINA E CARIBE DURANTE A PRIMEIRA ONDA DA PANDEMIA DE COVID-19
THIAGO TERZIAN GANADJIAN - UNIFESP, ZILA VAN DER MEER SANCHEZ - UNIFESP, GABRIELA ARANTES WAGNER - UNIFESP


Apresentação/Introdução
Pessoas com deficiências demonstram uma maior prevalência de transtornos mentais do que pessoas sem deficiências. Cuidadores sofreram mais estresse, aumento do desemprego e queda dos salários durante a pandemia de COVID-19. Nesse contexto, o álcool emerge como uma estratégia inadequada para lidar com sobrecargas de origem emocional.

Objetivos
Analisar associações entre a pandemia de COVID-19, consumo de álcool e sintomas de ansiedade entre pessoas que se autodeclararam com deficiência e cuidadores na América Latina e Caribe, durante o período de Março e Junho de 2020.

Metodologia
O estudo apresenta uma análise secundária da "Alcohol Use during the COVID-19 pandemic in Latin America and the Caribbean", uma pesquisa de corte transversal realizada online, conduzida pela Organização Panamericana de Saúde. Foi utilizada a regressão logística multinomial para analisar a associação entre autodeclaração de deficiência de acordo com a quarentena, sintomas de ansiedade e mudança na frequência de episódios de ingestão de álcool pesada durante a pandemia.

Resultados
Na regressão logística multivariada multinominal, ser cuidador foi positivamente associado com adesão à quarentena (OR=1.42; 95%CI= 1.18-1.71), maior idade, e salário entre 1 a 4 salários mínimos, mas negativamente associado com emprego. Sintomas severos de ansiedade, no lugar de emprego e maiores salários, foram positivamente associados com pessoas com deficiência (OR=2.11; 95%CI= 1.29-3.45) e com maiores idades.

Conclusões/Considerações
Pudemos observar, ao final das análises, que não houve mudança na frequência de episódios de ingestão de álcool pesada durante a pandemia entre pessoas com deficiência e seus cuidadores, porém pessoas com deficiência demonstraram maiores níveis de ansiedade do que pessoas sem deficiência, durante a primeira onda de COVID-19 na América Latina e Caribe.