22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.9 - VACINAÇÃO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 |
41275 - DESCRIÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM ADOLESCENTES, DE AGOSTO DE 2021 A MAIO DE 2022 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO THAINA GENUINO DE SOUZA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, GLAUCELAINE DA SILVA TEIXEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, ISIS MATTOS DE CARVALHO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, NADJA GREFFE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, NATHALYA MACEDO NASCIMENTO COSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução Apesar de serem consideradas seguras e proporcionarem benefícios para o controle de doenças, as vacinas requerem especial atenção, pois podem desencadear eventos adversos. Os EAPV são qualquer sinal ou sintoma com temporalidade após a vacinação, podendo ter uma relação causal. Quando ocorrem, há necessidade de cuidadosa investigação, visando um diagnóstico diferencial e possível tratamento.
Objetivos Descrever as notificações de EAPV de agosto de 2021 a maio de 2022 no MRJ; identificar os EAPV por classificação; calcular taxa de incidência (TI), descrever o desfecho dos casos e classificação de causalidade dos eventos graves.
Metodologia Estudo epidemiológico e descritivo, com dados coletados no sistema e-SUS Notifica, no período de agosto de 2021 a maio de 2022. A coleta dos dados ocorreu em 06 de junho de 2022. Foram analisadas as seguintes variáveis: tipo de evento, evolução do caso e causalidade. A Taxa de Incidência de EAPV mais frequente por produtor foi calculada considerando o número de EAPV graves e não graves, pelo número de doses aplicadas no período do estudo, por 100.000 doses. O número de doses aplicadas foi obtido no Tabnet da Secretaria Municipal de Saúde do RJ, no mesmo período.
Resultados De agosto de 2021 a maio de 2022, foram aplicadas 935.573 doses em adolescentes de 12 a 17 anos e notificados 98 EAPV, sendo 60 (61%) não graves e 38 (39%) graves, com uma relação caso/dose de 10/100.000. Sobre o desfecho dos não graves, 59 (99%) com cura sem sequelas e 01 (1%) em investigação. Dos graves, o desfecho foi de 26 (68%) com cura sem sequelas e 12 (32%) em investigação. A classificação de causalidade dos graves foi: 10 inerente ao produto conforme literatura; 02 sem evidências na literatura; 05 dados da investigação são conflitantes e 06 descartados. Vale ressaltar, que 15 notificações graves estão em investigação e por isso não houve classificação de causalidade até o momento.
Conclusões/Considerações Observa-se nesse estudo, que o número de notificações de EAPV grave em relação ao número de doses aplicadas é pequena, apresentando baixa incidência, ratificando, portanto, a segurança das vacinas e a importância das notificações de EAPV. Logo, a constante capacitação das equipes de saúde para vigilância de EAPV é de suma importância para padronização dos protocolos de investigação e garantia da farmacovigilância dos imunobiológicos.
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