22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC5.9 - VACINAÇÃO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 |
40224 - DESCRIÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO (EAPV) CONTRA A COVID-19 EM CRIANÇAS, DE JANEIRO A ABRIL DE 2022, MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ) NATHALYA MACEDO NASCIMENTO COSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, GLAUCELAINE DA SILVA TEIXEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, ISIS MATTOS DE CARVALHO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, NADJA GREFFE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, THAINA GENUINO DE SOUZA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução No Brasil foram aprovados para uso, dois imunobiológicos contra a COVID-19 para vacinação em crianças de 05 a 11 anos de idade: Pfizer Pediátrica e Coronavac. Apesar de seguras e propiciar benefícios para o controle da doença, podem desencadear EAPV. Entende-se por EAPV qualquer sinal ou sintoma com temporalidade após a vacinação, podendo ter uma relação causal.
Objetivos Descrever as notificações de EAPV de janeiro a abril de 2022 no MRJ; identificar os EAPV por classificação, por produtor; calcular taxa de incidência (TI) e descrever o desfecho dos casos.
Metodologia Estudo epidemiológico e descritivo, com dados coletados no sistema e-SUS Notifica, no período de janeiro a abril de 2022. A coleta dos dados ocorreu em 19 de maio de 2022. Foram analisadas as seguintes variáveis: imunobiológico administrado (Pfizer pediátrica ou Coronavac), tipo de evento, evolução do caso e causalidade. A Taxa de Incidência de EAPV mais frequente por produtor foi calculada considerando o número de EAPV graves e não graves, pelo número de doses aplicadas no período do estudo, por 100.000 doses. O número de doses aplicadas foi obtido no Tabnet da Secretaria Municipal de Saúde do RJ, no mesmo período.
Resultados De janeiro a abril de 2022, foram aplicadas 489.037 doses em crianças de 5 a 11 anos e notificados 106 EAPV, sendo 86 (81,3%) não graves e 20 (18,1%) graves, com uma relação caso/dose de 21,7/100.000. Os EAPV não graves mais frequentes ocorreram com a vacina Pfizer (52,3%) e Coronavac (47,6%). Já nos graves, 65,0% e 35,0%, respectivamente. Sobre o desfecho dos não graves, 76 (88,4%) com cura sem sequelas, 8 (9,3%) em investigação e 2 (2,3%) perda de seguimento. Dos graves, o desfecho foi de 14 (70,0%) com cura sem sequelas e 06 (30,0%) em investigação. A classificação de causalidade dos graves foi: 03 consistentes; 01 conflitante e 10 descartados.
Conclusões/Considerações Diante desse estudo, observa-se que o número de notificações de EAPV graves e não graves têm baixa incidência, ratificando, portanto, a segurança das vacinas e a importância dos registros dos EAPV após vacinação contra covid-19. A constante capacitação das equipes de saúde para vigilância de EAPV é de suma importância para padronização dos protocolos de investigação e garantia da farmacovigilância dos imunobiológicos.
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