22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC5.8 - SEGURANÇA ALIMENTAR, PROTEÇÃO SOCIAL E TERRITÓRIOS: EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 |
39730 - MUDANÇAS NOS HÁBITOS ALIMENTARES DE ADOLESCENTES BRASILEIROS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 CRIZIAN SAARGOMES - UFMG, NATHÁLIA MOTA MATTOS SANTI - UFMG, DANILO RODRIGUES PEREIRA DA SILVA - UFS, ANDRÉ OLIVEIRA WERNECK - USP, CÉLIA LANDMANN SZWARCWALD - FIOCRUZ/RJ, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG
Apresentação/Introdução O distanciamento social imposto pela pandemia de Covid 19 influenciou o estilo de vida e modificou os padrões alimentares. Identificar os subgrupos populacionais mais afetados é essencial para direcionar ações e políticas de saúde pública eficazes e eficientes, além de ajudar os gestores a formularem recomendações para futuros períodos de distanciamento.
Objetivos Analisar os fatores associados ao baixo consumo de frutas e hortaliças (FH) e alto consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) durante a pandemia de COVID-19.
Metodologia Este estudo utilizou dados do "ConVid Adolescentes", um inquérito de saúde que que avaliou o comportamento de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos durante a pandemia COVID-19 no Brasil em 2020. A coleta de dados foi por meio de um questionário online autopreenchido. Avaliou-se informações sobre o consumo de frutas, verduras e alimentos ultraprocessados antes e durante o período de pandemia. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, faixa etária, raça/cor da pele, tipo de escola, escolaridade da mãe, região do Brasil, dificuldades financeiras durante a pandemia, insegurança alimentar e restrições sociais. Foram utilizados modelos de regressão logística.
Resultados Foram avaliados 9.470 adolescentes, sendo 50,2% meninas; 67,7% com idade entre 12 e 15 anos. Houve redução do baixo consumo de FH (83,5% para 80,3%) e o consumo de AUP (38,9% para 38,1%) manteve estável antes e durante a pandemia. A incidência de baixo consumo de FH e alto consumo de AUP durante a pandemia foi de 20% e 13,8%, respectivamente. Meninas, adolescentes de escolas particulares, que relataram ter insegurança alimentar e dificuldades financeiras durante a pandemia foram os subgrupos mais afetados.
Conclusões/Considerações Apesar de pouca mudança na prevalência do consumo de FH e AUP antes e durante a pandemia, a incidência de alto consumo de AUP e baixo consumo de FH foi alta e identificada em subgrupos populacionais específicos, indicando que os esforços focados nesses subgrupos serão uteis e necessários para mitigar os efeitos do isolamento nos hábitos alimentares dos adolescentes brasileiros.
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