22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC5.6 - COVID-19, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, CUIDADOS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE |
39897 - RREPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS GESTORES DA SAÚDE E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL SOBRE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA PANDEMIA DA COVID-19: AÇÕES DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
ANA MARIA CALDEIRA OLIVEIRA - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, ANA LUISA JORGE MARTINS - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, LUÍSA DA MATTA MACHADO FERNANDES - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, ANDREZA FERNANDA DE OLIVEIRA - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, PAULO VITOR RODRIGUES DA SILVA - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, LAVÍNIA BÁRBARA DO COUTO PEREIRA - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS, HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES JÚNIOR - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MINAS
Apresentação/Introdução
A pandemia da Covid-19 tem se manifestado com intensidades, qualidades e formas de agravo muito distintas, estabelecendo diferentes relações com as condições socioeconômicas, ambientais, coletivas e até mesmo individuais. Nesse contexto, a População em Situação de Rua (PSR) por ser desproporcionalmente vulnerabilizada, merece especial atenção em estudos sobre a pandemia.
Objetivos
Identificar, por meio das Representações Sociais, as percepções e atitudes dos Gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de Belo Horizonte (BH) percepções frente a pandemia e formas de comunicá-la à PSR.
Metodologia
A pesquisa aqui apresentada é um estudo do tipo exploratório descritivo de natureza qualitativa. Foram realizadas 48 entrevistas individuais, no período de 01/06/2021 a 31/05/2022, sendo 14 com os gestores do SUS e do SUAS de BH, que trabalham diretamente com a PSR. Para a análise das entrevistas utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Esse trabalho é um recorte da pesquisa da Fiocruz-Minas “Alcance das políticas de proteção social e de saúde do município de Belo Horizonte para a População em Situação de Rua frente à pandemia da Covid-19”.
Resultados
O DSC apresentado representa duas categorias prevalentes: a pandemia e a mídia. As narrativas relatam um desconhecimento sobre a pandemia: como se deu seu início no Brasil; como trabalhar na pandemia, quais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizar; e, acima de tudo, o medo do desconhecido, o medo de adoecer e morrer. Os gestores demonstraram também preocupação com a maneira como a PSR tomou conhecimento da pandemia: cidade fantasma, falta de acesso a água potável e a sanitários. Em relação a mídia, os gestores questionaram as estratégias de comunicação utilizadas para informar sobre a pandemia: a falta e ao mesmo tempo a abundância de informações, muitas delas erradas.
Conclusões/Considerações
Apesar dos esforços da gestão municipal em produzir materiais informativos, os resultados preliminares da pesquisa não apontam para uma apropriação desse material pela PSR. Em relação à mídia, os gestores constataram a disseminação de informações falsas, e o excesso de informações, que levaram à exaustão. Por fim, a pandemia desvelou as dificuldades cotidianas da PSR no que diz respeito às necessidades básicas de alimentação e moradia.
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