Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC5.4 - DESIGUALDADE SOCIAL E MORTALIDADE POR COVID-19

44858 - EXCESSO DE MORTALIDADE NO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
LETÍCIA MOREIRA SILVA - UFPE, LÍVIA TEIXEIRA DE SOUZA MAIA - UFPE


Apresentação/Introdução
A pandemia da COVID-19 se apresenta como o maior desafio sanitário deste século (PAHO, 2021). A Organização Mundial da Saúde tem recomendado a mensuração do excesso de mortalidade no contexto da pandemia COVID-19, como uma das estratégias mais efetivas para identificar o impacto da pandemia COVID-19 e fortalecer a vigilância de mortalidade rápida (OMS, 2020).


Objetivos
Objetivo: Estimar o excesso de mortalidade por causas naturais em Pernambuco durante a pandemia da COVID-19 nos anos de 2020 e 2021.


Metodologia
Um estudo quantitativo, descritivo do tipo ecológico, área de abrangência o estado de Pernambuco. Tendo como população os óbitos por causas naturais ocorridos nos anos de 2020 e 2021 extraídos do Painel de análise de excesso de mortalidade do CONASS (Conselho Nacional de Secretários em Saúde) e da Central de Informações do Registro Civil (CRC). Variáveis para a pesquisa: sexo, faixa etária, mortes naturais observadas e esperadas, excesso de mortes naturais e mortalidade específica por COVID-19. Por utilizar dados de domínio público, não foi necessária a submissão ao comitê de ética em pesquisa em seres humanos.

Resultados
Foram esperados 55.035 óbitos no estado em 2020, entretanto, foram observados 76.574, com um excesso de 16.736 óbitos. Em 2021 o excedente de óbitos foi de 21.500. Em ambos os anos, foi predominante no sexo masculino e na população idosa, com um aumento expressivo entre as semanas (SE) 18 e 20. Durante a pandemia, foi observado um aumento na mortalidade por causas respiratórias e cardiovasculares, advindas dos óbitos por SRAG e COVID-19.


Conclusões/Considerações
Tais resultados reafirmam os efeitos diretos e indiretos da pandemia, tendo como possíveis explicações do excesso de mortes, a sobrecarga nos serviços e unidades de saúde, pela interrupção de tratamento de doenças crônicas ou pela resistência de pacientes em buscar assistência à saúde com medo de se infectar pelo novo coronavírus.