Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC5.4 - DESIGUALDADE SOCIAL E MORTALIDADE POR COVID-19

43632 - DESIGUALDADE SOCIAL NA MORTALIDADE POR COVID-19 EM UMA METRÓPOLE DO INTERIOR DO BRASIL.
SAMANTHA HASEGAWA FARIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNICAMP, MARIA DO CARMO FERREIRA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNICAMP, SOLANGE DUARTE DE MATTOS ALMEIDA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPINAS, MARGARETH GUIMARÃES LIMA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FCM, UNICAMP, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FCM, UNICAMP


Apresentação/Introdução
A crise sanitária ocasionada pela chegada da COVID-19 no Brasil gerou implicações negativas em diversos setores, as quais foram potencializadas pelas desigualdades socioeconômicas com impacto direto no desfecho da pandemia em território brasileiro.

Objetivos
Analisar a magnitude das desigualdades sociais no perfil de mortalidade por COVID-19, de acordo com sexo e faixa etária, no município de Campinas-SP.

Metodologia
As áreas de vulnerabilidade social foram classificadas pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS). Os coeficientes foram calculados de acordo com o nível de vulnerabilidade, padronizados por idade utilizando método direto e expressos por 100.000 habitantes. As desigualdades socioeconômicas na mortalidade por COVID-19 foram analisadas pelo cálculo das Razões entre Taxas (RT).

Resultados
A desigualdade socioeconômica foi evidenciada pela diferença na mortalidade por COVID-19 entre os estratos, com um coeficiente de 8,60 no de maior vulnerabilidade frente ao de 5,40 para cada 1.000 habitantes no de menor vulnerabilidade, a representar um risco de morte 60% maior em residentes de áreas mais vulneráveis. O sexo masculino apresentou as maiores taxas em todos os estratos, sendo uma taxa de 10,9 no de maior vulnerabilidade e 7,1 no de melhor condição socioeconômica (RT=1,53). O sexo feminino apresentou a maior taxa no estrato de maior nível de vulnerabilidade (6,7/1.000 hab.) e 4,2 no estrato de melhor condição socioeconômica (RT=1,59).

Conclusões/Considerações
As maiores taxas de mortalidade ocorreram no estrato de pior condição socioeconômica, com uma carga maior do sexo masculino. Diante disso, é fundamental a estruturação de políticas voltadas para a redução da desigualdade socioeconômica a fim de reduzir o impacto das crises sanitárias na mortalidade da população.