Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.3 - CUIDADOS EM SAÚDE E REABILITAÇÃO NA PANDEMIA DA COVID-19

41124 - PERCEPÇÃO SOBRE TRISTEZA/DEPRESSÃO, NERVOSISMO/ANSIEDADE E NÍVEL DE ATIVIDADE FISICA DE UNIVERSITÁRIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA
DÉBORA RAQUEL SILVA - UESPI, MARIA DAS GRAÇAS DOS SANTOS SILVA MORAES - UESPI, DÉBORA CRISTINA COUTO OLIVEIRA COSTA - UECE; UESPI, ILVANA LIMA VERDE GOMES - UECE; UESPI, YÚLA PIRES DA SILVEIRA FONTENELE DE MENESES - UESPI, PATRÍCIA UCHÔA LEITÃO CABRAL - UESPI, FRANCILENE BATISTA MADEIRA - UESPI


Apresentação/Introdução
O crescimento dos índices de contaminação e do número de internações e mortes causadas pela COVID -19 agravou sensações como insegurança, incerteza e medo. Esse contexto de estresse associado ao ensino remoto afetou negativamente a saúde mental de universitários, que mesmo não fazendo parte dos grupos vulneráveis à doença, passaram a manifestar transtornos, como ansiedade, depressão e estresse.

Objetivos
Analisar as associações entre as percepções de universitários de Educação Física sobre tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade, atividade física e variáveis sociodemográficas no período da pandemia.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa, com 114 universitários do curso de Educação Física de uma universidade pública estadual. Foram coletadas informações sociodemográficas e sobre atividade física, sentimentos de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade, por meio de questionários online. Na análise estatística utilizou-se medidas descritivas de frequências, média e desvio padrão. Em seguida, utilizou-se o teste qui-quadrado, exato de Fischer e o teste de McNemar para comparações entre variáveis. Considerou-se nível de significância p<0,05.

Resultados
Os estudantes têm idade média de 22,5 anos; a maioria (52,6%) do sexo masculino; de raça/cor da pele parda (53,5%); com pais e mães com escolaridade de nível fundamental (41,2%) e nível médio (44, 8%). A maioria reportou sentimentos de tristeza/depressão (63,4%) e nervosismo/ansiedade (65,2%) muitas vezes e sempre, com maiores frequência entre as mulheres (P<,0,001) e no grupo que se sentiu mais isolado (P=0,018). Em relação a atividade física, a maioria dos estudantes era ativo (55,3%), não havendo diferença por sexo. Os dados também mostram que não houve mudança nas prevalências de atividade física anteriores (57,9%) ao período pandêmico (P=0,7877).

Conclusões/Considerações
Estratégias de promoção da saúde nessa população devem favorecer experiências que estimulem a adoção de um estilo de vida saudável e ações criativas que colaborem para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais, necessárias para minimizar os efeitos sobre a saúde mental, decorrentes da pandemia e de outras adversidades do cotidiano da vida dessa população.