Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC5.2 - IMPACTOS DA PANDEMIA: RECORTES DE GÊNERO

44141 - DIFICULDADES NA MANUTENÇÃO DE AÇÕES PREVENTIVAS DA COVID-19 EM IDOSOS E FATORES ASSOCIADOS
VANESSA DE LIMA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, CARLA CABRAL DOS SANTOS ACCIOLY LINS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO E FIOCRUZ, MICHELLI BARBOSA DO NASCIMENTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, ILMA KRUZE GRANDE DE ARRUDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, MARIA DAS GRAÇAS WANDERLEY DE SALES CORIOLANO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


Apresentação/Introdução
O novo coronavírus tem alto poder de contágio e a proteção aos idosos é estratégia prioritária, haja vista a configuração dessa população como grupo com maior risco de complicações e morte pela Covid-19. No entanto, a adoção das medidas preventivas pela população idosa constitui um desafio para profissionais de saúde e gestores de políticas.

Objetivos
Caracterizar as dificuldades de manutenção das ações preventivas da Covid-19 em idosos e seus fatores associados.

Metodologia
Foi realizado um estudo seccional com 145 idosos residentes nos oito Distritos Sanitários do Recife-PE, de junho a setembro de 2020. A coleta de dados foi realizada de forma remota, por meio de teleconsultas. A variável dependente consistiu na presença de dificuldade em seguir as orientações de prevenção e como variáveis independentes fatores demográficos e socioeconômicos. Para a análise dos dados foram utilizados frequência absoluta e relativa, teste Qui-quadrado e modelo múltiplo de regressão de Poisson.

Resultados
Do total de idosos estudados, 18,6% relataram dificuldades em seguir as medidas de prevenção da Covid-19, no entanto ao analisar os tipos de medidas preventivas, observou-se variação. A dificuldades mais relatadas foram no uso de máscara (43,4%), ficar em casa como medida de prevenção (35,2%) e seguir a etiqueta respiratória (26,9%). Apenas 6,2% dos idosos relataram dificuldades para lavar as mãos. Ser alfabetizado diminui em 64% a prevalência de dificuldades em seguir as normas de prevenção da Covid-19 na população idosa (RP=0,36 IC: 0,18-0,70).

Conclusões/Considerações
Os idosos estudados relataram maiores dificuldades no uso de máscara, ficar em casa e seguir etiqueta respiratória, o que expõe essa população ao risco de contaminação. Agregado a este resultado, a associação entre alfabetização e adesão às medidas preventivas é importante para a orientação de políticas públicas especificas para a população idosa. As ações de prevenção da Covid-19 junto à essa população devem considerar o nível de escolaridade.