Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

44878 - INCIDÊNCIA DA COVID-19 E CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM SALVADOR
THAILANY DE ALMEIDA MAGALHÃES - UFBA, PATRÍCIA CAMPOS BORJA - UFBA, LUIZ ROBERTO SANTOS MORAES - UFBA, MARIA ELISABETE PEREIRA DOS SANTOS - UFBA


Apresentação/Introdução
A COVID-19 ganhou visibilidade mundial ao acometer diversas regiões e milhares de pessoas em todos os continentes. Além deste cenário alarmante, a pandemia da COVID-19 destaca os contrastes das desigualdades econômicas, sociais e ambientais. No Brasil, existe grandes lacunas quanto ao conhecimento da transmissão viral em um contexto de desigualdade social.

Objetivos
Analisar a associação entre as desigualdades socioambientais, e a incidência de COVID-19 em Salvador, Bahia, Brasil.

Metodologia
Realizou-se estudo ecológico descritivo, a partir de uma análise entre a incidência de COVID-19, na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, em 2020 e dados socioambientais em 15.260 domicílios distribuídos em 160 bairros do município entre 2018-2020. Os dados socioambientais foram obtidos através do projeto QUALISalvador e os dados de incidência foram obtidos por meio da Secretaria Municipal de Salvador. Após as tabulações, utilizou-se a análise de associação para dados não paramétricos Two-sample Wilcoxon rank-sum (Mann-Whitney) test, com o objetivo de verificar a relação entre os fatores socioambientais e a disseminação da COVID-19.

Resultados
Observou-se que nos bairros com melhores condições socioambientais a incidência foi maior, havendo uma associação (p<0,05) com as variáveis renda, escolaridade, gênero, raça, segurança alimentar, abastecimento de água e saneamento adequado, exceto quanto ao gênero.

Conclusões/Considerações
Embora as melhores condições signifiquem um melhor acesso à serviços essenciais, é surpreendente notar que a associação ocorre há uma maior taxa de infecção. Certamente, a transmissão da enfermidade em tais bairros deveu-se à falta de práticas protetivas por parte da população que vive nestes bairros. Estudos do tipo caso controle podem elucidar melhor tais associações.