Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

44441 - EVOLUÇÃO E COMPARAÇÃO DA MORTALIDADE PERINATAL NOS MUNICÍPIOS DE BELO HORIZONTE E UBERABA
VELÚNIA AFONSO TRISTÃO - UFU, JORGE DE OLIVEIRA ECHEIMBERG - FMABC, JANAÍNA PAULA COSTA DA SILVA - UFU


Apresentação/Introdução
A elevada taxa de mortalidade perinatal brasileira (15,5%), que interfere no avanço da redução da mortalidade infantil no país, tem a maioria dos óbitos podendo ser evitados com investimentos adequados no pré-natal. Vulnerável aos impactos das condições de vida e à efetividade do sistema de saúde trata-se de um importante indicador da avaliação de programas assistenciais na área materno-infantil.

Objetivos
Analisar e comparar a evolução das taxas de mortalidade fetal, perinatal e por prematuridade dos municípios de Belo Horizonte e Uberaba, em Minas Gerais, no período de 2000 a 2020.

Metodologia
Estudo ecológico, comparativo, de série histórica com abordagem quantitativa. Foram analisadas as taxas de mortalidade fetal, perinatal e por prematuridade no período de 2000 a 2020 dos municípios de Belo Horizonte e Uberaba. As fontes de dados foram constituídas dos registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) referentes aos nascidos vivos e óbitos fetal e neonatal precoce que quando somados compõem a denominada mortalidade perinatal. Para o estudo as variáveis taxas de mortalidade fetal e perinatal foram categorizadas como dependentes. Foram utilizados software Excel e pacote estatístico R.

Resultados
Entre 2000 e 2020, a comparação de taxas de mortalidade fetal [(óbitos fetais/ óbitos fetais + nascidos vivos) X 1000] entre Belo Horizonte (p=0,00067) e Uberaba (p=0,00036) demonstrou que há um comportamento decrescente em ambos municípios. Para taxa de mortalidade perinatal [(óbitos fetais + óbitos neonatais precoces/óbitos fetais + nascidos vivos) X 1000], observou-se o mesmo comportamento decrescente nos dois municípios (p=0,00531 e p=0,04660). Quanto à taxa de prematuridade [(óbitos neonatais precoces por prematuridade/ óbitos neonatais precoces por prematuridade + nascidos vivos) X 1000], o comportamento estacionário em ambos os municípios foi observado (p=0,42930 e p=0,03502).

Conclusões/Considerações
A mortalidade fetal e perinatal é um bom indício de que o caminho está correto, mas as estratégias de prevenção, principalmente para reduzir a mortalidade por prematuridade é preocupante e os brasileiros temos muito a fazer para que seja possível melhor a saúde do binômio materno-infantil e eliminar mortes fetais e neonatais evitáveis até 2035.