SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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43854 - CARACTERÍSTICAS DE ACESSO DOS CASOS GRAVES DE COVID-19 AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DURANTE A PANDEMIA, 2020 A 2021. EDUARDA DA LUZ EMERICK - UFF, GABRIELLA DA CUNHA NAZÁRIO - UFF, FELIPE GUIMARÃES TAVARES - UFF
Apresentação/Introdução Frente aos impactos causados pela COVID-19, surge o interesse em analisar a oferta de internação e trajeto percorrido pelos casos graves de COVID-19 notificados no Estado do Rio de Janeiro, com base no deslocamento para utilização de serviços de saúde, buscando identificar fluxos e desafios para a regulação visando fomentos para as ações que ofereçam acesso pleno aos serviços de saúde.
Objetivos Descrever as características da acessibilidade e do fluxo dos casos graves de COVID-19 às unidades de saúde, segundo regiões de saúde do estado do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo transversal, descritivo desenvolvido a partir dos casos de SRAG com teste positivo para COVID-19, de residentes do estado do Rio de Janeiro internados e notificados ao SIVEP-Gripe entre os anos de 2020 e 2021. Como critério de inclusão temos os casos de internação por SRAG com teste positivo para COVID-19 e de exclusão os casos sem confirmação de COVID-19. Foram calculadas as frequências de casos graves segundo regiões de Saúde do RJ, bem como o deslocamento realizado para a sua internação, baseado na distância média entre o município de residência e o município de internação, onde o caso foi notificado. Os dados foram tabulados e organizados no software Microsoft Excel e IBM SPSS 21.
Resultados Foram notificados 267.666 casos de SRAG/COVID-19. Destes 14,5% (39.054) não preencheram o local de internação. O município com maior quantidade de residentes internados por SRAG/COVID-19 foi o Rio de Janeiro, totalizando 80,7% (92.699), seguido do município de Niterói com 87,9% das suas internações. Estes também foram os municípios que mais internaram usuários externos. Ao observarmos os deslocamentos para a internação, as distâncias variaram entre 3,7 km e 377 Km que ocorreram entre os municípios Nilópolis-Mesquita e Rio de Janeiro-Bom Jesus do Itabapoana, respectivamente. A faixa etária mais acometida foi de 60 a 69 anos (19,5%), em sua maioria brancos (29,6%), do sexo masculino (53,1%).
Conclusões/Considerações Observa-se uma grande discrepância entre os padrões de deslocamentos realizados em cada região de saúde do RJ, o que demonstra dificuldade de acesso à internação hospitalar em local próximo à residência dos casos de SRAG/COVID-19. A COVID-19 afetou fortemente a infraestrutura hospitalar de todo o estado, reforçando a relevância de estratégias que auxiliam na compreensão do cenário estadual.
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