Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

43804 - SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ: ANÁLISE DO PERFIL DE GESTANTES
SARAH ELLEN DA PAZ FABRICIO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, NAARA RÉGIA PINHEIRO CAVALCANTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, ROBERTA DUARTE MAIA BARAKAT - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, GABRIELA DE SOUSA LIMA - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI, JULIANA RODRIGUES DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, DÉBORAH SANTANA PEREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, DANIELLE DIAS FERNANDES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ


Apresentação/Introdução
O Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe) destaca o Brasil com as maiores taxas de mortalidade materna por Covid-19. O ciclo gravídico e suas diversas alterações fisiológicas e emocionais, aumentam os fatores de vulnerabilidade e suscetibilidade para a Covid-19. Logo, algumas gestantes podem apresentar complicações ao contrair a Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Objetivos
Objetiva-se analisar a evolução dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com diagnóstico de Covid-19 em gestantes hospitalizadas no Estado do Ceará.

Metodologia
Estudo quantitativo, ecológico, a partir da amostra de dados secundários de gestantes hospitalizadas por SRAG com Covid-19, entre janeiro e agosto de 2021, obtidos por meio da “Base de dados da SRAG – incluindo dados da Covid-19”, desenvolvida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Empregou-se o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 16.0 para estatística descritiva (frequência, percentual, média, desvio-padrão) e inferencial (Teste Qui-quadrado de Pearson / Teste exato de Fisher, com nível de significância de 5%).

Resultados
418 gestantes foram hospitalizadas por Covid-19 de janeiro a agosto de 2021. A média de idade foi de 31,44 (+8,22 dp) anos. A maioria com cor parda (77,8%), idade acima de 29 anos (59,6%) e da zona urbana (82,5%). Analisando a evolução do quadro de saúde dessas gestantes, observou-se que 91,1% evoluíram para cura, enquanto 8,9% para óbito. Apesar dos casos ignorados, nota-se que, dentre as que evoluíram para óbito, a maioria estavam na faixa etária > 30 anos (56,8%) e estavam obesas (18,9%). Nenhuma das gestantes que afirmaram ter se vacinado evoluíram para óbito. Contudo, encontrou-se diferenças estatísticas apenas para obesidade (p=0,000), diabetes (p=0,005) e zona de moradia (p=0,000).

Conclusões/Considerações
Conclui-se zona urbana como variável sociodemográfica e comorbidades diabetes e obesidade como preditores de óbitos em gestantes. Políticas públicas voltadas ao controle da obesidade e promotoras de qualidade de vida às gestantes, são essenciais. A vacinação previne agravamentos e óbitos. Os achados limitam-se à população em tela, sem generalização, contribuem para olhar rebuscado sobre os óbitos maternos por Covid-19 nessa população específica.