SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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43638 - A DENGUE E OS IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 EM FORTALEZA/CE HUMBERTO LUCCA ANDRADE MOREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, VITÓRIA MARIA TORRES PEIXOTO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, LARA DE ABREU OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, NATÁLIA PONTE FERNANDES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, MANOELISE LINHARES FERREIRA GOMES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, MARIA MARINA VIANA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, FERNANDA MARIA CARVALHO FONTENELE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, LUANA RODRIGUES SARMENTO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, PAULA FRASSINETTI CASTELO BRANCO CAMURÇA FERNANDES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, FRANCISCO JOSÉ MAIA PINTO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
Apresentação/Introdução Apesar da crise sanitária mundial ocasionada pela pandemia da COVID-19, outras epidemias continuam a assolar o Brasil. As arboviroses têm destaque, dentre elas a dengue com maior incidência. É necessário fomentar discussões acerca do perfil epidemiológico da Dengue, sobretudo no momento da emergência de saúde ocasionado pela SARS-CoV-2 e seus impactos, para propor ações de prevenção a este agravo.
Objetivos Analisar a situação epidemiológica da dengue e os impactos da pandemia de COVID-19 nesses dados do município de Fortaleza-CE.
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, cujo dados foram extraídos de bancos de dados de domínio público DATASUS (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil) e IntegraSUS. Na amostra foram incluídas 20.500 pessoas com idade a partir de 20 anos, residentes no município de Fortaleza, Ceará, com infecção por Dengue iniciada entre 2019 e 2021. Excluíram-se pacientes com registros incompletos ou incoerentes. Realizou-se uma análise descritiva utilizando frequência absoluta e relativa para as variáveis sociodemográficas e clínicas. Estes casos foram analisados considerando as variáveis: ano de notificação, faixa etária, escolaridade, sexo, etnia e evolução do caso.
Resultados Foram notificados 28.590 casos prováveis de Dengue em Fortaleza no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Dos 20.500 adultos, a faixa etária de 20 a 39 anos (45,79%) foi a mais afetada. As faixas etárias menos acometidas foram a de 70 a 79 anos (1,13%) e a de 80 anos ou mais (0,32%). A distribuição dos casos por escolaridade demonstra que o Ensino Médio completo foi a mais afetada (5,14%) e os analfabetos (0,24%) foram os menos acometidos. O sexo mais acometido pela Dengue é o sexo feminino (54,14%) e a etnia parda é a mais acometida (74,98%). A maioria dos pacientes permaneceram vivos, (92,44%).
Conclusões/Considerações A cidade de Fortaleza/CE foi impactada por um grande aumento no número de casos de dengue durante os dois anos de pandemia de COVID-19. Os altos gastos públicos com controle e tratamento de casos de dengue e COVID-19 e a possibilidade de falta de leitos de UTI, pode trazer malefícios ao sistema de saúde local. Portanto, há a necessidade de ações amplas com o intuito de diminuir os impactos negativos decorrentes disso.
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