SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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43513 - IMPACTO DA HIPERTENSÃO NOS ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO DE MATO GROSSO LETÍCIA GRECCO - UFMT, BÁRBARA DA SILVA NALIN DE SOUZA - UFMT
Apresentação/Introdução A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, acarretou 14.656 óbitos no estado de Mato Grosso, até 13 de junho de 2022. Esses óbitos têm sido associados à preexistência de comorbidades, dentre elas, a hipertensão arterial sistêmica – doença que acomete cerca de 30% dos brasileiros.
Objetivos Analisar o risco de óbitos confirmados por COVID-19 segundo presença de hipertensão e outras comorbidades, no estado do Mato Grosso.
Metodologia Trata-se de estudo descritivo realizado com dados secundários do IndicaSUS, sistema instituído pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso para notificação dos casos confirmados de COVID-19. As notificações dos óbitos de residentes de Mato Grosso ocorreram entre março de 2020 a junho de 2022. Foi verificada prevalência de doenças crônicas não transmissíveis nos óbitos, segundo fatores sociodemográficos, e calculado o risco relativo (RR) de ocorrência de óbitos segundo presença de hipertensão e outras comorbidades, por meio do software SPSS v.25.
Resultados Dos 14.656 óbitos decorrentes da COVID-19,58% eram homens, 62% tinham 60 anos ou mais e 71,1% referiram cor da pele preta ou parda. Foi verificada presença de pelo menos uma comorbidade em 58,7% dos registros, sendo 43,4% com hipertensão e 15,3% com outras comorbidades. Além da hipertensão (43,4%), destacaram-se diabetes (25,7%) e doenças cardiovasculares (12,8%). Após ajuste para sexo, faixa etária e raça/cor, ter pelo menos hipertensão aumentou em quase 5 vezes o risco de morte por COVID-19 (RR=4,7; IC95% 4,5-4,9).
Conclusões/Considerações Em Mato Grosso, morreram mais homens, idosos, negros por COVID-19 e indivíduos com pelo menos uma comorbidade. A presença de hipertensão dentre as comorbidades aumentou o risco de morte por COVID-19.
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