Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

43374 - RELAÇÃO ENTRE MORBIDADES, MULTIMORBIDADE E COVID LONGA EM INDIVÍDUOS DO EXTREMO SUL DO BRASIL
YOHANA PEREIRA VIEIRA - FURG, LUCAS SOUZA VENTURA - FURG, JULIANA QUADROS SANTOS ROCHA - FURG, SUELE MANJOURANY SILVA DURO - UFPEL, MIRELLE DE OLIVEIRA SAES - FURG


Apresentação/Introdução
A covid longa é conhecida pela persistência dos sintomas após a infecção por covid-19. As características dos indivíduos que apresentam COVID longa ainda estão sendo estudadas, e ainda não há conhecimento sobre sua relação com morbidades e multimorbidade.

Objetivos
Verificar a associação entre morbidades, multimorbidade e covid longa em indivíduos após 6-9 meses da infecção pela Covid-19 no município de Rio Grande, RS.

Metodologia
Estudo transversal com indivíduos com 18 anos ou mais com diagnóstico de Covid-19 no período de dezembro/2020 a março/2021. Os desfechos são morbidades (ansiedade e depressão; problemas respiratórios; artrite/artrose/reumatismo; hipertensão arterial; problema no coração) e multimorbidade (operada na forma 0 ou ≥1). A exposição primária foi COVID longa (presença de pelo menos um sintoma residual após a infecção) dicotomizada em não/sim. As análises foram realizadas por meio da regressão de Poisson. As variáveis de ajuste foram idade, cor da pele, situação conjugal, classe econômica, e plano de saúde. Os dados foram descritos em razões de prevalências e intervalos de confiança de 95%.

Resultados
As morbidades com maior probabilidade de desenvolver COVID longa foram artrite, artrose e reumatismo (RP 1.80 IC95%: 1,24-2,61), problemas respiratórios (RP 1.51 IC95%: 1,27;1,79), ansiedade e depressão (RP 1.42 IC95%: 1,27;1,58), hipertensão (1.27 IC95%: 1,12;1,44) e diabetes (RP 1.20 IC95%: 0,96;1,50). Com relação a indivíduos que possuíam multimorbidade, estes tinham 1,25 (IC95%1,16;1,34) vezes mais probabilidade de desenvolver COVID longa.

Conclusões/Considerações
Mediante os dados expostos, fica evidente que indivíduos com morbidades e multimorbidade experimentam maiores probabilidades de vivenciar a covid longa, havendo a necessidade de cuidados multidisciplinares envolvendo o monitoramento dos sintomas a longo prazo, identificação de potenciais complicações e associação com a multimorbidade.