Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

43096 - AÇÕES DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL EM RESPOSTA À PANDEMIA DE COVID-19: UM ESTUDO DE CASOS MÚLTIPLOS
CAMILA AMARAL MORENO FREITAS - UFBA, LIDIANE TEREZA DOS SANTOS E SANTOS - UFBA, FABIELY GOMES DA SILVA NUNES - UFBA, ITALO RICARDO SANTOS ALEULIA - UFRB, ANA LUIZA QUEIROZ VILASBÔAS - UFBA, ROSANA AQUINO - UFBA, NILIA MARIA DE BRITO LIMA PRADO - UFBA


Apresentação/Introdução
As ações de planejamento em saúde são fundamentais para orientar a ação do poder público no enfrentamento de crises sanitárias. No âmbito municipal, o processo de planejamento envolve diversos atores sociais e a coexistência de ações estruturadas e não estruturadas, conformando um cenário complexo e incerto para a gestão da pandemia de Covid-19.

Objetivos
Analisar ações de planejamento municipal em resposta à pandemia de Covid-19 em três municípios baianos entre fevereiro de 2020 e agosto de 2021.

Metodologia
Recorte de estudo de casos múltiplos desenvolvido em três municípios baianos. Realizadas 30 entrevistas com gestores municipais e análise de planos para enfrentamento da COVID-19. A análise dos dados sustentou-se no modelo elaborado por Vilasboas e Paim (2011) baseado no referencial teórico de Carlos Matus utilizando-se as categorias de análise: ações estruturadas e não estruturadas de planejamento municipal de resposta à pandemia.

Resultados
O padrão das ações de planejamento municipal foi a constituição de Comitês de Operações Emergenciais, compostos por agentes da gestão da APS e da vigilância em saúde e cuja centralidade das ações foram os planos de contingência para capacitação profissional e organização infraestrutural dos serviços de saúde. Em um dos cenários, na segunda onda, priorizou-se a intensificação das medidas de contenção. As ações estruturadas caracterizaram-se pela constituição de comitê específico para avaliação de painel situacional. Já as não estruturadas foram subsidiadas por informações distintas em cada cenário estudado, variando da rede de notificação estadual à informações epidemiológicas locais.

Conclusões/Considerações
Houve semelhanças nas ações de planejamento municipal durante a primeira onda e peculiaridades delineadas ao longo da segunda. As estratégias de planejamento foram imediatistas e insuficientes para orientar a ação das equipes gestoras municipais para ondas futuras da Covid-19. Embora identificados momentos formalizados de planificação, prevaleceram ações não estruturadas e baseadas numa diversidade de informações do âmbito estadual ao local.