SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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42992 - PERFIL DOS ÓBITOS DE GESTANTES POR CAUSA BÁSICA COVID-19 NO BRASIL GABRIELLA LIMA SANTOS - UFES, JOÃO BATISTA FRANCALINO DA ROCHA - FMABC, ALBERTO CARLOS DE OLIVEIRA JUNIOR - UFES, LUIZ CARLOS DE ABREU - UFES
Apresentação/Introdução A covid-19 foi identificada em Wuhan na China no final de 2019 e conforme a sua gravidade a Organização Mundial da Saúde decretou em março de 2020 como pandemia. As evidências são limitadas sobre as consequências da covid-19 para as gestantes. Estudos mostram que, o risco de infecção grave, mortalidade e morbidade nas mulheres grávidas são maiores em comparação com as mulheres não grávidas.
Objetivos O objetivo do presente estudo é descrever o perfil dos óbitos de gestantes por causa básica covid-19 no Brasil.
Metodologia Estudo descritivo de abordagem quantitativa, com dados de acesso público disponível no site https://opendatasus.saude.gov.br/, sobre óbitos de gestantes por causa básica covid-19 no Brasil, entre 2020 e 2021. A variável principal é número de óbitos de gestantes por covid-19 por unidade federativa e as variáveis explanatórias são: local de notificaçãoe residência, faixa etária, escolaridade, raça/cor, idade gestacional e semana epidemiológica. Foram calculadas as frequências absoluta e relativa e realizada distribuição espaço temporal. Os dados foram tabulados no aplicativo Microsoft Excel 365 e a estatística foi realizada através do software Statistical Package for the Social Sciences.
Resultados 4.797 casos confirmados de COVID-19 em gestantes entre 2020 e 2021 no Brasil, desses 249 evoluíram para óbito. Em 2021 observou-se a redução dos óbitos 4,82% (n=12). Os óbitos se destacam na faixa etária entre 30 a 34 anos, 26,90% (n=67), e 35 a 39 anos, 22,90% (n=57). O nível de escolaridade predominante é de gestantes que possuem o ensino médio, 26,10% (n=65), entretanto foi notório o sub-registro do item, 55,42% (n=138). As semanas epidemiológicas 20, 24 e 25 apresentaram maior frequência de óbitos, 5,6% (n=14), respectivamente. Gestantes no 3º trimestre (n=139), pardas (n=133) e que residiam nos estados do Rio de Janeiro 17,7% (n=44) e São Paulo 14,5% (n=36), foram as mais acometidas.
Conclusões/Considerações Foi possível observar uma redução dos óbitos em gestantes no período analisado e isto se deu a partir do advento de medidas não farmacológicas e da vacina. É importante destacar que os cuidados com os registros são importantes para uma avaliação epidemiológica fidedigna. Para além, os cuidados devem ser contínuos nos grupos de risco, em especial, nas gestantes para que a gravidade da infecção não curse com o desfecho desfavorável que é o óbito.
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