42640 - PERFIL DOS EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS TEMPORALMENTE À VACINAÇÃO COVID-19 NO ESTADO DA BAHIA. AKEMI ERDENS AOYAMA CHASTINET - SESAB, MARILDA MOUTINHO FAHEL - SESAB, RAMON DA COSTA SAAVEDRA - SESAB, BÁRBARA HELOISA SOUZA DO NASCIMENTO - SESAB, ELANNY SANTANA BRITO - SESAB, VANIA REBOUÇAS BARBOSA VANDEN BROUCKE - SESAB, RAFAELA BISPO DOS SANTOS - UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA, ANTONIO RAINERIO CARNEIRO RIOS JUNIOR - SESAB
Apresentação/Introdução Programas de vacinação são uma das medidas mais seguras e custo-efetivas em saúde pública. Embora nenhuma vacina esteja totalmente livre de provocar eventos adversos, os riscos de complicações são muito menores que os das doenças contra as quais conferem proteção. Em geral, um agravo a saúde que ocorra até 30 dias após a vacinação é considerado evento adverso supostamente associado à vacinação.
Objetivos Caracterizar os eventos adversos pós vacinação (EAPV) associados temporalmente às vacinas contra COVID-19 aplicadas na Bahia, conforme variáveis clínicas e epidemiológicas.
Metodologia Estudo descritivo, de corte transversal, no período de jan/2021 a maio/2022, baseado em dados do sistema de informação e-SUS Notifica, onde os municípios registram EAPV associados às vacinas COVID-19. Os EAPV notificados passam por processo de análise, desde a captação, investigação, até o encerramento, com emissão de parecer. Para tanto, foi instituída, por meio de Portaria Estadual, Câmara Técnica EAPV-COVID, formada por equipe interdisciplinar, com objetivo de analisar casos graves. Os EAPV foram distribuídos segundo variáveis de interesse: faixa etária, sexo, raça/cor, tipo de vacina e tipo de EAPV. Os dados foram tratados e tabulados em planilhas eletrônicas no software Excel 2016.
Resultados Do total de 28.549.286 doses aplicadas das vacinas Covid-19, 8.446.555 (29,6%) referem-se à vacina AstraZeneca, 6.439.925 (22,6%) à Coronavac, 12.191.087 (42,7%) à Pfizer e 1.471.719 (5,2%) referem-se à Janssen. Do total de 14.134 EAPV notificados, 7.129 (50,4%) referem-se à vacina AstraZeneca, 4.453 (31,5%) à Coronavac, 2.331 (16,5%) à Pfizer e 221 (1,6%) à Janssen. A proporção de EAPV, face ao total de doses aplicadas no estado foi de 0,05%. Na análise por tipo de vacina observa-se maior proporção de EAPV associada à AstraZeneca (0,08%) em comparação à Coronavac (0,07%), Pfizer (0,02%) e Janssen (0,02%). Foram registrados 695 (4,9%) eventos graves, dentre o total de EAPV notificados.
Conclusões/Considerações É fundamental o monitoramento da efetividade e segurança de imunizantes, com vigilância, detecção e notificação oportunas dos EAPV, o que permitirá o acolhimento dos indivíduos afetados e a contenção do agravo, além de garantir credibilidade ao programa de vacinação. No caso das vacinas contra o vírus SARSCoV-2, a farmacovigilância dos EAPV ganha maior destaque pelo ineditismo das vacinas utilizadas e a comoção causada pela dimensão da pandemia.
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