SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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42596 - PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À NÃO-VACINAÇÃO CONTRA À COVID-19 EM ADULTOS E IDOSOS DO SUL DO BRASIL: PESQUISA SUL-COVID ALINE AUGUSTA MEDEIROS RUTZ - UFPEL, RENATA CRISTINA DA SILVA MARTINS - UFPEL, MIRELLE DE OLIVEIRA SAES - FURG, SUELE MANJOURANY SILVA DURO - UFPEL
Apresentação/Introdução Vacinas seguras e eficazes são necessárias para controlar o avanço da COVID-19. Um dos obstáculos mais críticos às atividades de vacinação são as atitudes negativas em relação às vacinas. Acredita-se que para aumentar a disposição da população em se vacinar, são necessários dados sobre a aceitação da vacinação e seus fatores influenciadores.
Objetivos O objetivo deste trabalho é analisar prevalência e fatores associados à não-vacinação entre adultos que tiveram COVID-19.
Metodologia Entre os meses de julho e outubro de 2021, realizou-se um estudo transversal, com 2.919 indivíduos de 18 anos ou mais residentes em Rio Grande/RS, com diagnóstico de COVID-19 entre dezembro de 2020 e março de 2021. Os entrevistados foram questionados sobre a ocorrência de vacinação. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, nível socioeconômico, tabagismo, multimorbidade, autopercepção de saúde, situação de saúde após a COVID-19, plano de saúde, internação devido à COVID-19, presença de COVID-longa e orientação sobre a importância da vacinação. Foram realizadas análises descritivas e bivariadas por meio de teste de qui-quadrado. Foi adotado um nível de significância de 5%.
Resultados Dos entrevistados, 14,5% não tinha realizado nenhuma dose da vacina contra a COVID-19. A ocorrência de não-vacinação foi maior entre os mais jovens (<0,001), os fumantes (0,001), os sem multimorbidade (<0,001), aqueles que não internaram no hospital devido à COVID-19 (0,003), sem plano de saúde (0,030) e entre os que não receberam orientações sobre a importância da vacinação (<0,001). Não foi encontrada associação significativa com as demais variáveis.
Conclusões/Considerações O estudo sugeriu que a não-vacinação estava relacionada àqueles não considerados de risco para a COVID-19, que não apresentaram gravidade durante a doença, que não receberam orientações sobre a importância da vacinação, fumantes e aos que não tinham plano de saúde. Sendo assim, estratégias baseadas em evidências, direcionadas a esse perfil devem ser implementadas nos sistemas de saúde visando o aumento da cobertura vacinal contra a COVID-19.
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