SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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42223 - PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO PARA OS TESTES UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO DA COVID-19 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2020 A 2021 GABRIELLA DA CUNHA NAZÁRIO - UFF, SILVIA CRISTINA DE CARVALHO CARDOSO - SESRJ, EDUARDA DA LUZ EMERICK - UFF, FELIPE GUIMARÃES TAVARES - UFF
Apresentação/Introdução A testagem para COVID-19 é uma importante ferramenta para vigilância em saúde, pois
contribui no planejamento de ações para controle da doença. No Brasil, o acesso aos serviços
de saúde é desigual, o que pode influenciar no acesso aos testes para COVID-19, resultando
em diferenças nos indicadores de saúde.
Objetivos Descrever a frequência de cada tipo de teste diagnóstico realizado para COVID-19 segundo
características sociodemográficas e clínicas.
Descrever os principais tipos de testes realizados durante a pandemia para o diagnóstico da
COVID-19.
Metodologia Estudo descritivo transversal, de abordagem quantitativa, a partir de dados secundários
advindos da base de dados eSUS Notifica, no qual encontram-se os casos notificados de
síndrome gripal dos indivíduos residentes do Estado do Rio de Janeiro e que tenham
realizado algum teste para diagnóstico da COVID-19. Foram descritas as distribuições de
frequências da população estudada por sexo, raça/cor, faixa etária e região de saúde de
moradia, condições de saúde e sintomas, segundo tipo de teste realizado. O período de
pesquisa foi de 2020 e 2021, dividido em 4 períodos nos quais a oferta de testes e mudança
nos critérios de testagem foram modificados pelo Ministério da Saúde.
Resultados Observam-se diferenças na oferta de testes em todos os períodos do estudo. O RT-PCR,
considerado o padrão-ouro, foi ofertado em diferentes proporções, segundo categorias de
raça/cor em todos os períodos do estudo, sempre com valores inferiores para indígenas,
variando de 19,5% a 34,7%, entre 2020.1 a 2021.1, respectivamente. Menores de 20 anos têm
maiores percentuais para os Testes Rápidos (TR). Em 2020.2 e 2020.1, sintomáticos tiveram
maiores percentuais para o RT-PCR. Em 2021.2 todas as variáveis apresentam maiores
percentuais para RT-PCR, exceto as regiões Metropolitana I e Serrana onde as maiores
proporções são para o TR Antígeno (26% e 42%, respectivamente).
Conclusões/Considerações Mudanças na distribuição dos testes tiverem relação com o padrão de oferta dos testes
analisados neste estudo. Houve diferença entre as categorias de raça/cor, faixas etárias e
regiões de saúde estudadas. Os testes mais utilizados foram TR Antígeno e RT-PCR. No que
diz respeito a oferta de serviços, demonstra-se a necessidade de estratégias de saúde que
visem garantir o princípio da equidade, a partir dos determinantes sociais em saúde.
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