SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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42061 - EVOLUÇÃO DA COVID-19 NO CEARÁ: UMA PERSPECTIVA EPIDEMIOLÓGICA RAFAELA RODRIGUES VIANA - UFC, NICOLAS GUSTAVO SOUZA COSTA - UFC, VYNA MARIA CRUZ LEITE - UFC, CARMEM EMMANUELY LEITÃO ARAÚJO - UFC, BERNARD CARL KENDALL - UFC
Apresentação/Introdução Em um ano de Pandemia instalada, o Nordeste do Brasil foi uma das regiões mais afetadas, tendo acumulado 22,9% dos casos confirmados e 21,5% de óbitos por COVID com relação ao país em 2021. O Ceará foi responsável pela maior taxa de letalidade da região. O quantitativo real de mortes pelo vírus tornou o cenário ainda mais desafiador, principalmente no contexto hospitalar (KERR, 2021).
Objetivos Descrever a evolução dos indicadores epidemiológicos e o número de hospitalizações provenientes da Pandemia de COVID-19 no estado do Ceará.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, com base nos boletins epidemiológicos para acompanhamento dos casos de COVID-19 no estado do Ceará. Foi analisado o Painel Epidemiológico Coronavírus Brasil do Ministério da Saúde (MS), a qual apresenta registros referentes a casos ocorridos no país. O estudo compreendeu os dados do período de 27 de março de 2020 a 28 de maio de 2022 da população residente nos 184 municípios do Ceará. A partir da coleta (número de casos confirmados, casos novos, óbitos, população residente e hospitalizações), calculou-se as taxas de incidência, de mortalidade, de letalidade e a média de hospitalizações por COVID-19. Os dados foram tabulados no programa Excel 2013.
Resultados Houve o total de 1.246.248 casos e 27.066 óbitos acumulados por COVID-19 no Ceará durante o período estudado. A taxa de incidência foi de 13647,6/100 mil habitantes; mortalidade de 296,5/100 mil habitantes; taxa de letalidade de 2,2% e média de hospitalizações de 25.805. Observou-se que o Ceará apresentou índices superiores a outros estados nordestinos. Isso pode estar relacionado à histórica condição de vulnerabilidade em que este se apresenta. No entanto, o estado apontou o maior número de casos notificados, sugerindo o investimento e ampliação de testes rápidos para COVID-19. A taxa de hospitalização reduzida evidencia a ampliação de leitos de UTI através do governo estadual.
Conclusões/Considerações O Ceará se destaca por apresentar um índice elevado de incidência e mortalidade. Embora os indicadores de saúde sejam fatores influentes para contribuir com a gestão em saúde, é necessário um dimensionamento eficaz de esforços para ampliar da cobertura epidemiológica, a fim de um direcionamento adequado e diagnóstico prévio buscando mitigar os impactos que ainda surgirão, ocasionados pela Pandemia, sinalizando desafios a serem enfrentados.
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