Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

41424 - PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE REINFECÇÃO POR COVID-19 NOTIFICADOS EM UM HOSPITAL FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.
WILLIAN ALVES DA ROCHA - UFRJ, TAMIRES ARAÚJO DOS SANTOS - UFRJ, CAROLINA SAGGIORO PASSINI - UFRJ, ALESSANDRA GONÇALVES LISBÔA PEREIRA - HFSE, NADYRA MORAES IRINEU - UFRJ, MARCIO RENAN VINICIUS ESPÍNOLA MARQUES - HFSE, KARINA DA SILVA ASSIS CORRÊA - UFRJ, CLAUDIA CAMINHA ESCOSTEGUY - HFSE


Apresentação/Introdução
A COVID-19 é uma doença de alta transmissibilidade, o que favorece sua rápida disseminação e a emergência de novas variantes do SARS-CoV-2. Os episódios de reinfecção perpetuam a circulação do vírus e geram desafios para a saúde pública. Neste sentido, é fundamental conhecer o perfil destas reinfecções e os fatores associados à sua ocorrência

Objetivos
Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos de reinfecção pelo SARS-CoV-2 notificados em um hospital federal no Rio de Janeiro de março de 2020 a março de 2022, no contexto da pandemia da COVID-19.

Metodologia
Trata-se de um estudo observacional, descritivo, com utilização de dados secundários da Vigilância Epidemiológica de um hospital federal localizado no município do Rio de Janeiro, incluindo casos confirmados de COVID-19 que apresentaram episódios de reinfecção pelo SARS-CoV-2. Para fins deste estudo, considerou-se caso de reinfecção aquele com 90 dias entre episódios confirmados no período. Foram incluídos todos os casos notificados no período de março de 2020 a março de 2022. Foram utilizadas as bases de notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - SIVEP Gripe - e Síndrome Gripal (SG) - E-SUS Notifica; análise realizada com os programas EXCEL 2010 e Epi Info 2000.

Resultados
Foram analisados 69 casos de reinfecção por COVID-19 (média de 357 dias entre episódios; 68% com reinfecção em 2022). Dentre os casos notificados: 68% eram do sexo feminino; idade média 45 anos; 33% eram pacientes e 25% enfermeiros. Síndrome gripal foi a apresentação clínica mais comum em ambos os episódios; 13% necessitaram de internação. Os sintomas mais frequentes no primeiro episódio (E1) foram tosse (46%) e febre (45%); no segundo (E2), tosse (48%) e coriza (42%). 17,4% apresentaram sinais/sintomas de gravidade no E1 e 8,7% no E2. 46,4% dos E1 ocorreram antes da primeira dose da vacina; 55,1% das reinfecções ocorreram em vigência de vacinação completa. Três casos evoluíram para óbito.

Conclusões/Considerações
A mudança observada na gravidade dos episódios pode estar relacionada ao perfil das variantes predominantes do SARS-CoV-2 e à consolidação da vacinação. Compreender a infecção por COVID-19 fornece informações importantes para formulação de estratégias políticas eficazes na prevenção da propagação da doença e para minimizar os efeitos de novas ondas de contaminação.