SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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41287 - DESCRIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE EVENTOS ADVERSOS GRAVES PÓS-VACINAÇÃO (EAG) CONTRA A COVID-19, DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2021 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ) NATHALYA MACEDO NASCIMENTO COSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, GLAUCELAINE DA SILVA TEIXEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, ISIS MATTOS DE CARVALHO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, NADJA GREFFE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, THAINA GENUINO DE SOUZA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, LUCIANA DA ROCHA MOTA DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução Apesar de seguras e propiciar benefícios para o controle da doença, as vacinas podem desencadear eventos adversos pós-vacinação (EAPV). Os EAPV são qualquer sinal ou sintoma com temporalidade após a vacinação, podendo ter uma relação causal. Quando ocorrem, há necessidade de cuidadosa investigação, visando um diagnóstico diferencial e possível tratamento.
Objetivos Descrever as notificações de eventos adversos graves pós vacinação contra a COVID-19 de janeiro a dezembro de 2021, no município do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo descritivo do tipo transversal, com dados coletados no sistema e-SUS Notifica no período de janeiro a dezembro de 2021. As variáveis utilizadas para o estudo foram: gênero, faixa etária, desfecho dos eventos adversos graves e classificação de causalidade. Análises realizadas: frequências absolutas, relativas, taxa de incidência por 100.000 doses aplicadas. Ressalta-se que esse trabalho foi realizado ao final do curso Programa de Treinamento em Epidemiologia aplicada aos Serviços do SUS - Episus Fundamental no MRJ.
Resultados Entre janeiro a dezembro de 2021, foram administradas 12.758.078 doses de vacinas COVID-19 no MRJ. No mesmo período foram notificados 7.521 casos, dos quais 1068 (17,0%) foram eventos graves temporalmente associados à vacina. A maior frequência foi a do gênero feminino com a vacina AstraZeneca com 335 casos (31,0%). A faixa etária mais frequente foi 60 a 69 anos com o laboratório AstraZeneca apresentando 143 casos (13,4%). O desfecho foi de 765 casos (71,6%) com cura sem sequelas e 303 casos (28,4%) em investigação. A classificação de causalidade foi: 216 reação inerente ao produto; 30 consistentes; 158 conflitantes; 348 descartados; 12 Inclassificável e 01 reação de ansiedade.
Conclusões/Considerações Os resultados deste estudo demonstram que a vacina AstraZeneca apresentou maior frequência em indivíduos do gênero feminino e a faixa etária de 60 a 69 anos. Destaca-se que após investigação os casos em geral tiveram em seu desfecho boa evolução e a classificação de causalidade em sua grande maioria, não estavam relacionados com as vacinas. A vigilância de EAPV é de suma importância para adequada investigação e farmacovigilância das vacinas.
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