SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
|
41035 - PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS PARA SARS-COV-2 EM RESIDENTES DE BRAGANÇA PAULISTA (SP) NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2020: INQUÉRITO POPULACIONAL SECCIONAL SERIADO RENATA CRISTÓFANI MARTINS - UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, CRISTIANE CHIARION VIDIRI - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE BRAGANÇA PAULISTA, GUALTER SANTANA PEDRINI - UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO, LISAMARA DIAS DE OLIVEIRA NEGRINI - UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Apresentação/Introdução Em dezembro de 2019 surge a doença COVID-19 cujo agente infeccioso é o vírus SARS-COV-2. O primeiro caso no Brasil foi em fevereiro de 2020 e em março a OMS declara a pandemia. Nos primeiros seis meses do enfrentamento da pandemia poucos recursos eram disponíveis para detecção de todos os casos da doença o que trazia dificuldade para a gestão local saber a real situação da pandemia no município.
Objetivos Estimar a evolução da prevalência de anticorpos contra o SARS-CoV-2 e a vulnerabilidade de residentes de Bragança Paulista (SP) a partir da realização de exame sorológico rápido e da aplicação de inquéritos sociodemográficos e epidemiológicos.
Metodologia Inquérito populacional com coleta de sorologia em quatro momentos com participação de novos indivíduos. Os períodos de coleta foram: 21 a 28 de junho, 20 a 24 de julho, 17 a 24 de agosto e 14 a 18 de setembro. A amostra foi de maiores de 18 anos sendo coletada em 26 unidades básicas de saúde rurais e urbanas, cuja seleção de prontuários se deu de maneira sistemática conforme a proporção da população do território. A pessoa selecionada era convocada no serviço onde era realizado o teste rápido sorológico. A amostra selecionada era de 652 indivíduos para cada etapa, no entanto somente 81,3%, 77%, 67,3% e 51,2% testes foram realizados em cada uma, sendo que os demais recusaram ou faltaram.
Resultados A amostra final foi de 1.805 indivíduos. Testaram positivo, independente se IgG e/ou IgM, em cada etapa: 29 (5,4%), 58 (11,6%), 44 (10%), 33 (9,9%). A idade variou de 18 a 94 anos. Não houve diferença de distribuição de escolaridade, renda familiar e saneamento entre os casos positivos e negativos. Dos participantes que saíram diariamente de casa, 55 (9,8%) estavam positivos, enquanto daqueles que não saiam 2 (3,6%) eram positivos. Entre os casos positivos 122 (74,4%) tinham comorbidades, 36 (22%) eram fumantes, 103 (62,8%) eram sobrepeso ou obesos e 98 (59,8%) eram sintomáticos. Os sintomas mais frequentes foram cefaleia (58), mialgia (42), coriza (34) dor de garganta (29), cansaço (28).
Conclusões/Considerações A doença evoluiu ao longo dos três meses o que contribuiu para a secretaria de saúde conseguisse propor ações direcionadas para o enfrentamento da doença, priorizando os bairros que apresentavam um maior número de casos positivos. É preciso considerar que na última etapa tivemos uma proporção de recusa ou falta elevada o que pode comprometer o resultado.
|