Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

40990 - SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS APLICADOS À VIGILÂNCIA DA COVID-19 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SALVADOR: PROJETO PILOTO
ALESCA PRADO DE OLIVEIRA - UFBA, DHULIANE MACEDO DAMASCENA - UFBA, JOILDA SILVA NERY - UFBA, RICARDO BRITO LUSTOSA - UFBA, GETISÊMANI KUNDSEN MENEZES SANTOS - SMS/SSA


Apresentação/Introdução
Com a constituição da epidemia da COVID-19 em uma Emergência de Saúde Pública, governos de estados e municípios buscaram fortalecer a assistência à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) através da reorganização dos serviços na atenção primária. Estratégias de prevenção e controle da doença a partir da análise espacial de sua dinâmica foram fundamentais para o direcionamento das ações em saúde.

Objetivos
O relato possui o objetivo descrever a utilização de recurso em Sistema de Informações Geográficas (SIG) na vigilância da COVID-19 em uma Unidade de Saúde da Família no subúrbio da cidade de Salvador.

Metodologia
Foram coletados e analisados dados clínicos e demográficos extraídos da matriz de acolhimento da unidade de saúde, referentes ao atendimento de casos suspeitos de COVID-19 nos anos de 2020 e 2021. A pesquisa contou com a anuência da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia. Para a análise de dados, as frequências absoluta e relativa de casos foram descritas segundo sexo, faixa etária e raça/cor. Para análise espacial foram utilizados os softwares Quantum Geographic Information System (QGIS) e Vicon Saga (Programa de Vigilância e Controle componente do Software SAGA).

Resultados
A dificuldade de acesso das comunidades periféricas aos serviços de saúde foi ampliada com o avanço da COVID-19 no Brasil. A reorganização dos processos de trabalho na atenção primária foi uma importante estratégia para garantir a assistência, a vigilância e a prevenção da doença. A utilização dos sistemas de informação em saúde aliada aos recursos em SIG possibilitaram o delineamento do perfil epidemiológico dos usuários que buscaram atendimento na unidade. Em maioria mulheres, sendo 63,5% em 2020 e 59,8% em 2021, pardas e pretas, que em 2020 corresponderam a 56,3% e 21,9% e em 2021 46,6% e 49,9% respectivamente. Bem como a origem e a distância desses usuários da unidade.

Conclusões/Considerações
Os efeitos da COVID-19 e das medidas de prevenção da doença não atingem as pessoas da mesma maneira. É relevante que as gestões que compõe o SUS façam uso de recursos em SIG gratuitos e de livre acesso, para apoio e gestão de emergências em saúde à garantir o acesso e a qualidade da assistência, levando ações direcionadas as necessidades de cada território e qualificando a vigilância em saúde em todos os níveis do cuidado.