Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

40465 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS E ÓBITOS POR COVID-19 NO ESTADO DE GOIÁS
BRUNA ANIELE COTA - UFG, AMANDA CAROLINE SILVA FARIA - UFG


Apresentação/Introdução
A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) representa um problema de saúde pública com elevado impacto na morbimortalidade e altos custos sociais e econômicos, afetando a saúde e qualidade de vida. Desde seu surgimento os indivíduos com Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) apresentam maior severidade de sintomas, evoluindo para suporte ventilatório, internação hospitalar e à morte.

Objetivos
Traçar o perfil epidemiológico dos casos confirmados e óbitos por Covid-19, no estado de Goiás e sua possível relação com as Doenças Crônicas não Transmissíveis.

Metodologia
Estudo descritivo, com dados extraídos do Painel de Monitoramento do Covid-19 do estado de Goiás, utilizando as variáveis: idade, sexo, raça/cor, município de residência e DCNT (doença cardiovascular, diabetes e doenças respiratórias). Os dados correspondem da 1º semana epidemiológica de 2020 até a 31º de 2021. Para consolidação dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel Office, versão 2019. Por se tratar de um estudo com dados secundários e de domínio público, não foi submetido ao comitê de ética.

Resultados
Até 07/08/2021 Goiás havia registrado 760.281 casos (53,18% do sexo feminino e 46,82% masculino) e 21.290 óbitos (57,04% do sexo masculino e 42,96% feminino). A faixa etária mais acometida foi de 30 a 39 anos (22,85%), a menos foi com 80 anos ou mais (1,90%). Em relação às comorbidades, 71.700 (9,43%) tiveram informações na ficha de notificação, as doenças cardiovasculares (DCV) foram as mais prevalentes (47,63%), seguido por diabetes (DM) (32,70%) e doenças respiratórias (DR) (15,32%). Do total de óbitos, a faixa etária mais acometida foi a de 60 a 69 anos (23,14%) e 12.855 (60,38%) possuíam alguma comorbidade, sendo a mais comum as DCV (49,47%), seguida por DM (38,41%) e DR (9,31%).

Conclusões/Considerações
Os dados apresentados corroboram com que já se tem na literatura, que as DCNT são fatores de risco para a Covid-19. Entretanto, ainda há muito que ser investigado. Além disso, é importante que os serviços de saúde preencham corretamente a ficha de notificação para que se tenha o máximo de informações e, assim, traçar detalhadamente o perfil dos indivíduos e propor ações de enfrentamento às doenças, seja Covid-19 ou outras.