SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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40363 - MORBIDADE DA DENGUE NO ESTADO DO PARANÁ DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 LAIZ MANGINI CICCHELERO - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU, GUSTAVO CEZAR WAGNER LEANDRO - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU, MERIELLY KUNKEL - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU, ERICA ALVES FERREIRA GORDILLO - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU, RICARDO IZURIETA - UNIVERSITY SOUTH OF FLORIDA. MORSANI COLLEGE OF MEDICINE. COLLEGE OF PUBLIC HEALTH., ISMAEL HOARE - UNIVERSITY SOUTH OF FLORIDA. COLLEGE OF PUBLIC HEALTH., ADRIANA ZILLY - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU, REINALDO ANTONIO SILVA-SOBRINHO - UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE, FOZ DO IGUAÇU
Apresentação/Introdução A pandemia da COVID-19 trouxe impactos sem precedentes, exigindo adaptações dos sistemas de saúde para seu enfrentamento. Diante das incertezas desta ameaça mundial a atenção a outras doenças infecciosas, de igual importância para a saúde pública, foram em muitos aspectos invisibilizadas, como por exemplo a dengue, doença responsável por epidemias sazonais desde 1986.
Objetivos Analisar a correlação entre o número de notificações mensais de dengue e COVID-19 no Estado do Paraná nos anos de 2020 e 2021
Metodologia Estudo epidemiológico de delineamento ecológico baseado em notificações de casos de dengue do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e casos de COVID-19 do Painel Coronavírus disponibilizados pelo Ministério da Saúde, ocorridas no Estado do Paraná entre 2020 a 2021. Para análise estatística da correlação entre os casos de dengue e COVID-19, segundo o mês de notificação, utilizou-se o teste de Spearman e para normalidade o teste de Shapiro-Wilk no programa JAMOVI (versão 2.2.5) utilizando alfa de 5%. A interpretação da correlação foi baseada nos seguintes valores: fraca (0,10 - 0,30), moderada (0,40 - 0,60) e forte (0,70 - 0,90)
Resultados Identificou-se que 73,9% (n=1.181.736) dos casos de COVID-19 ocorreram em 2020 e 26,1% (n=416.566) em 2021. Em relação à dengue, 89,6% (n=237.254) foram notificados em 2020 e 10,4% (n=27.410) em 2021. Considerando todo o período (entre jan/2020 e dez/2021) não houve correlação significativa (r: -0,211, p: 0,321). Contudo quando analisado por ano, em 2020 concentraram-se casos de dengue do início ao meio do ano acompanhado do aumento de casos de COVID-19 até o pico no fim de 2020, com correlação negativa (r: -0,771, p: 0,003) entre os casos de dengue e COVID-19. Já em 2021, a correlação entre os dois agravos foi positiva (r: 0,846, p: < 0,001) com picos simultâneos nos primeiros meses do ano
Conclusões/Considerações A queda considerável de casos para dengue em 2021, pode ser resultado de subnotificações em simultâneo à ocorrência da COVID-19, ocasionado por questões como a sobrecarga e restrições de atendimento dos serviços de saúde. Ressalta-se a importância do fortalecimento da atenção primária em saúde e vigilância em saúde, visto que o efetivo enfrentamento de ambas doenças exige estratégias integrais e ininterruptas
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