SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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40304 - PERCEPÇÃO DA AMEAÇA DA PANDEMIA POR COVID-19 E A PRESENÇA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS: UM ESTUDO TRANSVERSAL EM ESCOLARES CEARENSES
KELLYANE MUNICK RODRIGUES SOARES HOLANDA - UDC E UECE, IRANEIDE ETELVINA LOPES - UECE, VICTOR HUGO SANTOS DE CASTRO - UECE, WALLINGSON MICHAEL GONÇALVES PEREIRA - UECE, LAÉCIO DE LIMA ARAUJO - UECE E UESPI, GABRIEL PEREIRA MACIEL - UECE, ISABELA NATASHA PINHEIRO TEIXEIRA - UECE, JANIEL FERREIRA FELÍCIO - UECE, VALTER CORDEIRO BARBOSA FILHO - UECE E IFCE, MARIA JANAÍNA ALVES DE AZEVEDO - ESP
Apresentação/Introdução
A pandemia causada pelo novo coronavírus suscitou na população incertezas, medo de se contaminar e sofrimento pela morte de entes queridos. Estudos que avaliam como a pandemia de COVID-19 pode ter afetado as pessoas na sua percepção de segurança e bem-estar e desencadeado aumento de sintomas psicológicos, como estresse, depressão e ansiedade são necessários.
Objetivos
Analisar a percepção da ameaça do novo coronavírus com a presença de sintomas depressivos.
Metodologia
Estudo transversal. Participaram do estudo, escolares da rede federal de ensino, selecionados de forma aleatória por conglomerado. Os dados foram coletados no período de agosto a outubro de 2021, através do Questionário da Ameaça percebida do Coronavírus (scores de 6 a 42 pontos) e da Escala de depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (scores de 0 a 60 pontos). Os dados foram analisados através da regressão linear simples, bruta e ajustada, tendo como variáveis de controle: sexo, idade, escolaridade, atividade física comportamento sedentário e tempo de sono. O nível de significância foi de 5%.
Resultados
Participaram da pesquisa 1.303 escolares. Observou-se uma associação direta entre [D1] percepção de ameaça do coronavírus e sintomas depressivos (coeficiente não-padronizado bruto: 0,35; IC95%:0,27-0,43; Beta padronizado=0,24; p<0,01). Esta associação permaneceu estatisticamente significativa após ajustes por variáveis de confusão (coeficiente não-padronizado ajustado: 0,24; IC 95%:0,16-0,32; Beta padronizado= 0,16 e p<0,01).
Conclusões/Considerações
Os resultados reforçam que a percepção sobre a ameaça durante a pandemia esteve relacionada com os sintomas depressivos, independentemente de outros elementos de saúde associados a este desfecho, como os comportamentos de saúde. É necessário pensar em medidas de promoção de saúde que garantam bem estar físico, mental, e confiança para lidar com a crise sanitária, através de intervenções psicossociais que alcancem aprendizagem social e emocional.
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