Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

40121 - TRABALHADORES DO CAMPO, FLORESTAS E ÁGUAS: SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) POR COVID-19 E UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DESCRITIVA NO BRASIL.
ROBERTA LOPES VARJÃO VILLELA O. FIGUEIREDO - UFBA-PPGSAT


Apresentação/Introdução
A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, das Floresta e das Águas (PNSIPCFA) tem sido negligenciada. A visão de que a Covid-19 é uma doença da cidade invisibiliza territórios. A Epidemiologia nas Desigualdades e Trabalho pode evidenciar reflexões sobre de que forma determinadas posições de classe e trabalho podem definir sujeitos vulneráveis a adoecimento e morte.

Objetivos
Trazer evidencias sobre trabalhadores do campo, das florestas e das águas e a (SRAG) por Covid-19 e refletir sobre a Epidemiologia nas Desigualdades e trabalho.

Metodologia
Estudo transversal e ecológico descritivo com dados do DATA SUS, incluindo dados da Covid-19 do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e do (IBGE) para os dados populacionais, denominadores. O critério de inclusão foi ser um trabalhador do campo, das florestas e das águas classificado pelo Código Brasileiro de Ocupações (CBO), hospitalizado e diagnosticado por Covid-19, no período de janeiro a junho de 2021. A mensuração das variáveis em sua abordagem quantitativa (frequências absolutas e relativas) e a mensuração da incidência e da mortalidade foram realizadas com o software Rcomander, versão RGui 64 e o programa Excel respectivamente.

Resultados
Evidencia-se diferenças nas características sociodemográficas como idade, raça, escolaridade, gênero e ocupação no processo de adoecimento dos trabalhadores. Fator de risco associado à comorbidades, cobertura vacinal ausente e evolução para óbito são os mais frequentes. Disparidades regionais na cobertura vacinal, necessidade de hospitalização e internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mortalidade e na incidência da doença podem refletir sobre processos de injustiça social e inequidade.

Conclusões/Considerações
A Epidemiologia nas Desigualdade e no trabalho pode contribuir para o entendimento das vulnerabilidades, delinear territórios de Direitos que perpassam pela dimensão da saúde, do ambiente e do trabalho.