SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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40093 - EXCESSO DE MORTALIDADE GERAL E MORTALIDADE POR COVID-19 NO BRASIL NO ANO DE 2020 POR SEXO E FAIXA ETÁRIA LAYLLA RIBEIRO MACEDO - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IESC/UFRJ), CAROLINA BORGES DE ARAÚJO - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IESC/UFRJ), LUCIANA FREIRE DE CARVALHO - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IESC/UFRJ), WILSON CALMON ALMEIDA DOS SANTOS - INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE., JACKELINE CHRISTIANE PINTO LOBATO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, NATALIA SANTANA PAIVA - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IESC/UFRJ), ANTONIO JOSÉ LEAL COSTA - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IESC/UFRJ)
Apresentação/Introdução A pandemia de Covid-19 tem gerado impactos expressivos, seja no âmbito da saúde, social ou econômico. O monitoramento contínuo dos indicadores epidemiológicos de casos e óbitos é de extrema relevância, porém tem sido desafiador considerando a sobrecarga de trabalho dos profissionais e as barreiras de acesso aos serviços de saúde, experimentado principalmente pelos grupos mais vulneráveis.
Objetivos Esse estudo teve como objetivo avaliar o excesso de óbitos geral e os óbitos por Covid-19, no ano de 2020, no Brasil.
Metodologia O excesso de mortalidade geral e atribuído a Covid-19 (causa básica CID-10: B34-2 + U07.1 ou U07.2) no ano de 2020, foi avaliado para o Brasil, sendo extraídos os dados de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (causas naturais e externas), e populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O número observado de mortes em cada ano foi dividido pela população do país, gerando as taxas de mortalidade geral e estratificadas por sexo e faixa etária. O excesso de óbitos foi obtido pela diferença entre a taxa de mortalidade geral no ano de 2020 e a taxa média de mortalidade acumulada no período de 2015 a 2019, considerada como a linha de base.
Resultados A taxa média de mortalidade de 2015 a 2019 foi 633,7 óbitos/100 mil habitantes, e em 2020 de 733,3, com um excesso de 99,6 óbitos/100 mil habitantes. A taxa de mortalidade por Covid-19 foi 99,9 óbitos/100 mil habitantes. O excesso de mortalidade foi maior em homens (118,6 óbitos/100 mil) quando comparado com mulheres (81,5 óbitos/100 mil) e nos indivíduos acima de 60 anos (367,5 óbitos/100 mil) em comparação com o grupo de 0 a 59 anos (21,5 óbitos por 100 mil). A taxa de mortalidade por Covid-19 foi 116,9 óbitos/100 mil homens e 83,7 óbitos/100 mil mulheres. Ao estratificar esta taxa segundo faixa etária, observou-se 26,6 óbitos/100 mil de 0 a 59 anos e 534,3 óbitos/100 mil acima de 60 anos.
Conclusões/Considerações Com os resultados da pesquisa nota-se que os homens e os indivíduos acima de 60 anos apresentaram as maiores diferenças entre as taxas de mortalidade, comparadas com os excessos de óbitos apontados nas mulheres e no grupo de 0 a 59 anos, no Brasil no ano de 2020. Dessa forma, avaliar esses indicadores possibilita conhecer melhor o cenário pandêmico a fim de subsidiar os gestores no manejo da Covid-19, com vistas ao enfrentamento da doença.
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