SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
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39926 - DEFECHOS DA COVID-19 NA GESTAÇÃO: A TRANSMISSÃO VERTICAL É POSSÍVEL? ANA NERY MELO CAVALCANTE - UNIFOR, ANA RAQUEL JUCÁ PARENTE - UNIFOR, BEATRIZ SOBREIRA CAMILO SOARES - UNIFOR, DENISE NUNES OLIVEIRA - UNIFOR, DANIELLE MALTA LIMA - UNIFOR, LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR - UFC, CRISTIANE CUNHA FROTA - UFC, IZAUTINA VASCONCELOS DE SOUSA - UECE, CARL KENDALL - UFC, ROSA LÍVIA FREITAS DE ALMEIDA - UNIFOR
Apresentação/Introdução A pandemia pelo SARS-CoV-2, que teve início no ano de 2020, traz consigo uma grande preocupação, que permanece sem reposta, é se ocorre transmissão vertical do SARS-CoV-2 em gestantes infectadas e o prognóstico das crianças infectadas intraútero, durante o parto e após o nascimento.
Objetivos Descrever sete casos de recém-nascidos com RT-PCR para SARS-CoV-2 detectável por swab nasofaríngeo e seus desfechos neonatais.
Metodologia Estudo epidemiológico, descritivo, tipo relato de casos, realizado em uma maternidade pública em Fortaleza, Ceará. A coleta de dados ocorreu em setembro de 2020, de informações dos prontuários do período de 01/06/2020 a 01/08/2020. As gestantes que relatassem sintomas de COVID-19, na gestação, era realizado teste confirmatório. Imediatamente após o parto, era coletado o swab nasofaríngeo RT-PCR para SARS-COV-2 do recém-nascido (RN). Foram avaliadas variáveis maternas e das crianças. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 25 e apresentados com valores absolutos e relativos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Fortaleza (parecer nº 4.173.297).
Resultados Foram realizadas 48 coletas de swab nasofaríngeo em RN, sendo que sete (14,6%) recém-nascidos apresentaram RT-PCR reagente. O teste confirmatório foi reagente em 57,1% das gestantes, 100% realizou pré-natal (média: 7,1 consultas), 42,8% referiram tosse e cefaleia. Sobre os RN, 71,4% foram do sexo masculino, 57,1% nasceram de parto cesariana, o peso médio de 3428g, 100% nasceu a termo com idade gestacional média de 39 semanas e 100% obtiveram um Apgar do quinto minuto maior que sete e nenhum foi reanimado ao nascer. Um (14,2%) apresentou desconforto respiratório e foi internado em Unidade intermediária onde fez uso de Oxihood a 40% por 20 horas. Não ocorreu óbito e nem malformação.
Conclusões/Considerações Neste estudo constatamos que a transmissão vertical pelo SARS-CoV-2 é possível. Entretanto não foi observado malformações, prematuridade e nem sintomas graves em RN com swab positivo ao nascer, sendo necessário mais estudos sobre o tema.
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