Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

39410 - MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL E A PANDEMIA DO COVID 19: UMA REALIDADE A SER ENFRENTADA.
LAIRA MARIA DA SILVA SANTOS - EEAN/UFRJ, ALINE FURTADO DA ROSA - EEAN/UFRJ, LUANA CHRISTINA SOUZA DA SILVA - EEAN/UFRJ, ANA BEATRIZ DE AZEVEDO QUEIROZ - EEAN/UFRJ, MARIA LUDMILA KAWANE DE SOUSA SOARES - EEAN/UFRJ, NATÁLIA MOREIRA LEITÃO TITARA, ANDREZA PEREIRA RODRIGUES. - EEAN/UFRJ, EDILENE MACEDO CORDEIRO FIGUEIREDO - EEAN/UFRJ, JULIA VERLI ROSA - EEAN/UFRJ, FERNANDA MARTINS CARDOSO - EEAN/UFRJ


Apresentação/Introdução
A mortalidade materna é considerada uma severa violação aos direitos reprodutivos de mulheres. Durante a pandemia Covid 19 as iniquidades em saúde ficaram ainda mais evidentes, visto que, pela necessidade do distanciamento social os serviços da Atenção Primária à saúde tiveram atendimentos reduzidos.

Objetivos
Descrever os registros de mortalidade materna por COVID 19 no Brasil.

Metodologia
Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Dados de fontes secundárias, extraídos do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr COVID19). Utilizou-se das variáveis: raça, idade, escolaridade com o recorte temporal de 2020 e 2021.

Resultados
Foram notificadas 1977 mortes maternas por Covid-19 no Brasil nos anos 2020 e 2021, 461 e 1516 respectivamente. Destaca-se, por região, os óbitos da seguinte maneira: 277(14%) Norte, 454(23%) Nordeste, 250(13%) Sul, 789(40%)Sudeste e 207(10%) no Centro Oeste. Os casos estratificados por raça são: 16(0,8%) amarelas; 666 (34%) brancas; 13(0,65) indígenas; 937 (46%) pardas; 138(7%) pretas, 207(10%) não informado. Sobre a escolaridade 9(0,45%) não possuíam nenhuma; 265 (13%) Ensino Fundamental; 518(26%) Ensino Médio, 342 (17,29%) Ensino Superior e 844 (43%) não informado. A faixa etária de maior incidência foi de 20 a 34 anos com 1195 (60%) e a menor de mulheres com menos de 20 anos, 81(4%).

Conclusões/Considerações
As taxas de mortalidade entre mulheres pardas e negras representam mais da metade dos casos quando comparado a outras raças. Vale destacar que, as iniquidades de saúde se acentuam ainda mais para esse grupo principalmente em tempos de pandemia, devido a dificuldade de acesso aos serviços de assistência à saúde.