Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

38936 - SINTOMAS INICIAIS DA COVID-19 ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM ADULTOS E IDOSOS PARANAENSES
DANIELLE BORDIN - UEPG, JÉSSICA CARDOZO - UEPG, CARLA LUIZA DA SILVA - UEPG, PÉRICLES MARTIM RECHE - UEPG, EVERSON AUGUSTO KRUM - UEPG


Apresentação/Introdução
A COVID-19 tem impactado as nações de maneiras díspares, devido aos contextos econômico, social e político nos quais estão inseridas. Existem casos da COVID-19 que complicam seriamente, levando os indivíduos à hospitalização e até mesmo ao óbito. Dessa forma, a avaliação dos sinais e sintomas clínicos apresentados pelas pessoas infectadas são fundamentais para o planejamento dos serviços de saúde.

Objetivos
O presente estudo objetivou analisar os sintomas da COVID-19 iniciais associados ao óbito em adultos e idosos internados no estado do Paraná.

Metodologia
Estudo transversal, realizado com a 15492 adultos e idosos que contraíram o Sars-CoV-2 e requerem hospitalização no Paraná no ano de 2020. A coleta de dados foi realizada no sistema de notificação de COVID-19 do Paraná. Considerou-se como variável dependente o desfecho clínico (alta e óbito), e como independentes: febre, tosse, dor de garganta, mialgia, artralgia, diarreia, náusea ou vômitos, cefaleia, coriza, irritabilidade e ou confusão, adinamia, escarro, calafrios, congestão nasal, congestão conjuntiva, dificuldade de deglutir, manchas vermelhas, gânglios linfáticos infartados, asas nasais, saturação O2, dispneia, perda de olfato ou paladar. Realizou-se análise de regressão logística.

Resultados
A prevalência de óbitos por COVID-19 foi de 33,5%. Verificou-se que indivíduos com saturação de O2 baixa, dispneia, irritabilidade ou confusão e batimento de asas nasais apresentaram 2,09(IC95%=1,87-2,34), 1,68(IC95%=1,49-1,89), 1,65(IC95%=1,29-2,12) e 2,37(IC95%=1,50-3,72), respectivamente, mais chances de vir a óbito se comparado com indivíduos sem estes sintomas (p<0,001). Em contrapartida, indivíduos internados com sintomas iniciais de cefaleia (OR=0,82; IC95%=0,72-0,92), mialgia (OR=0,76; IC95%=0,68-8,85) e perda de paladar ou olfato (OR=0,78; IC95%=0,67-0,90) apresentaram-se como fator de proteção à mortalidade (p≤0,001).

Conclusões/Considerações
Conclui-se que o óbito em decorrência da COVID-19 em adultos e idosos esteve associado à saturação de O2 baixa, dispneia, irritabilidade ou confusão e batimento de asas nasais. Enquanto os indivíduos que apresentaram cefaleia, mialgia e perda de paladar ou olfato como sinais clínicos da COVID-19, tiveram mais chances de receber alta hospitalar. Os achados são importantes para a definição de intervenções voltadas a evitar novos óbitos.