38810 - EVOLUÇÃO CLÍNICA DE CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE COVID-19 NA BAHIA – 2020 - 2021 JESSICA SANTOS PIRES - UESB, LUCIANO NERY FERREIRA - UESB
Apresentação/Introdução A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 com transmissão através de tosse, espirro, urina, fezes e superfícies contaminadas.¹,² Em indivíduos com hipertensão arterial, doença pulmonar, diabetes e doença cardiovascular, observou-se risco aumentado para o desenvolvimento de quadro de grave, com maior necessidade de internação na UTI e maior mortalidade.
Objetivos Descrever a evolução clínica de indivíduos com suspeita e confirmação de COVID-19 no estado da Bahia, durante o período de 2020 a 2021.
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, de caráter descritivo e quantitativo, realizado através de dados secundários de acesso público de notificação de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, referentes ao estado da Bahia entre janeiro de 2020 a abril de 2021. As variáveis de interesse foram faixa etária, gênero, sintomas, doenças preexistentes, resultado do teste, número de pacientes internados, casos recuperados e número de óbitos. Os dados foram disponibilizados pelo Banco de Dados da síndrome respiratória aguda grave, denominado Open DataSUS, com informações da base COVID-19, oriundos do Ministério da Saúde do Brasil e analisados no Programa estatístico STATA® 14.0.
Resultados Foram notificados 1.580.652 indivíduos com suspeita ou confirmação de Covid-19, com 51,72% do sexo masculino e média de idade de 38,5 (±17,68). Entre os sintomas caracterizados, os mais prevalentes foram a tosse, 40,95% e a febre em 37,02% dos casos. 81,38% dos participantes evoluíram com cura, 9,32%, para o tratamento domiciliar, 0,20% se hospitalizaram, 0,14% necessitaram de internação em UTI, e 1,38% foram de óbito. Houve associação entre os casos que evoluíram para óbito e a condição de saúde pré-existente. Entre os casos que evoluíram para óbito, as maiores ocorrências, foram Doenças Cardíacas crônicas (24,12%) e Diabetes (21,29%).
Conclusões/Considerações Os sintomas mais comuns foram tosse, dor de garganta, e febre, associados à maiores necessidades de hospitalização, e mortalidade. As maiores proporções de casos que evoluíram a óbito estavam associadas à presença de comorbidades, como Doenças Cardíacas Crônicas, Diabetes. Isso reforça a importância do controle eficaz das doenças cônicas nos diversos níveis de complexidade da rede de saúde, sobretudo no contexto de convivência com a Covid-19.
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