Sessão Assíncrona


SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)

38484 - DIFERENCIAIS DE SEXO RELACIONADOS AO EXCESSO DE PESO ENTRE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
NAYRA SUZE SOUZA E SILVA - UNIMONTES, ROSE ELIZABETH CABRAL BARBOSA - UNIMONTES, BRUNA NATHÁLIA SANTOS - UFMG, TATIANA ALMEIDA DE MAGALHÃES - UNIMONTES, ANA CLARA SOARES BICALHO - UNIMONTES, LUCINEIA DE PINHO - UNIMONTES, MARIA FERNANDA SANTOS FIGUEIREDO BRITO - UNIMONTES, MARISE FAGUNDES SILVEIRA - UNIMONTES, ROSÂNGELA RAMOS VELOSO SILVA - UNIMONTES, DESIRÉE SANT'ANA HAIKAL - UNIMONTES


Apresentação/Introdução
O trabalho docente está associado ao baixo gasto energético e, com o surgimento da pandemia da COVID-19, algumas condições contribuíram para o desenvolvimento de excesso de peso entre eles. O distanciamento social afetou a dieta e a realização de exercícios físicos. Essas condições associadas ao ensino remoto, elevaram o comportamento sedentário e reduziram o gasto energético dos professores.

Objetivos
Este estudo objetivou estimar a prevalência de excesso de peso geral e estratificada por sexo entre professores da educação básica pública do estado de Minas Gerais durante a pandemia da COVID-19.

Metodologia
Trata-se de um inquérito epidemiológico do tipo websurvey, realizado com professores da educação básica pública de Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados ocorreu de agosto a setembro de 2020, via formulário digital e contou com o apoio da Secretaria de Estado de Educação. A variável dependente foi o excesso de peso corporal, calculado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), através do peso e altura autorreferidas pelos professores. Foram classificados com excesso de peso os professores com IMC ≥ 25 kg/m2. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva (frequência simples e relativa) e a comparação pelo teste estatístico Qui-quadrado, através do programa estatístico SPSS®.

Resultados
Participaram do estudo 15.641 professores, com participação de 93,2% das cidades mineiras e 13,3% atuantes na zona rural. Dentre eles, 81,9% eram mulheres, 89,2% apresentaram idades entre 30 e 59 anos, 66,8% viviam com cônjuge e 79,8% aderiram totalmente ao distanciamento social. A prevalência do excesso de peso corporal entre os professores foi de 52,4% durante a pandemia, sendo 28,5% dos professores com sobrepeso e 23,9% com obesidade. Quanto ao sexo, 51,1% das mulheres e 58,2% dos homens estavam com excesso de peso corporal, apresentando diferença estatisticamente significativa entre eles (p<0,001).

Conclusões/Considerações
Mais da metade dos professores da educação básica do estado de Minas Gerais estavam com excesso de peso durante a pandemia da COVID-19, havendo diferença entre os sexos. A apresentação desses dados pode contribuir para o monitoramento da prevalência de excesso de peso como estratégia para se entender os fatores de risco, e assim, subsidiar intervenções específicas e preventivas para a promoção da saúde da categoria docente.