SA5.3 - ANÁLISES POPULACIONAIS DOS IMPACTOS DA PANDEMIA E MANEJOS NO CUIDADO ÀS POPULAÇÕES AFETADAS (TODOS OS DIAS)
|
38446 - PERFIL DO PACIENTE PÓS-COVID-19 EM UM PROGRAMA MELHOR EM CASA BRUNA GABRIELA MECHI SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP, MARCELO TADEU TRISTÃO - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP, DALCIA REGINA GOULARTH - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP, RUTE ALESSANDRA DA SILVA NOBRE - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP
Apresentação/Introdução Com a pandemia de Covid-19 foram impostos desafios à sociedade e ao sistema de saúde. A Covid-19 deixa sequelas temporárias ou permanentes, implicando em alterações na mobilidade e autonomia dos indivíduos. Assim, o papel da assistência domiciliar (AD) no SUS visa contribuir para a diminuição do número e tempo de internações hospitalares e promover cuidado humanizado de equipe multiprofissional.
Objetivos Identificar o perfil sociodemográfico e clínico das solicitações de atendimento de casos de Síndrome Pós-Covid atendidos em um programa Melhor em Casa.
Metodologia Estudo quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - CEP. A amostra utilizada foram as solicitações de AD encaminhadas ao programa Melhor em Casa de um município do interior de São Paulo, com diagnóstico confirmado laboratorialmente de Covid-19, no período entre junho de 2020 a junho de 2021.
Foi realizada análise documental utilizando banco de dados contendo informações sobre idade, gênero, dados de internação, intubação orotraqueal (IOT), presença de lesões por pressão (LPP) e uso de dispositivos auxiliares. Além disso, os dados passaram por análise estatística descritiva e exploratória.
Resultados Incluídas 60 solicitações para AD, 58% de mulheres e 42% homens, com idade média de 67 anos, variando de 24 a 99 anos. Precisaram de hospitalização 75% e 50% foram submetidos à IOT.
Observado LPP em 63%, cateter vesical de demora em 8%, traqueostomia em 3% e colostomia em 1,7%. Quanto à alimentação, 72% tiveram alta hospitalar se alimentando via oral e 27% por sonda nasoenteral. O tempo médio de internação foi de 30,4 dias e o de IOT de 18 dias. A faixa de idade apresentou associação significativa com IOT. Pacientes com idade menor que 60 anos tiveram mais chance de IOT que os mais velhos. A porcentagem de IOT entre os pacientes com menos de 60 anos e a partir de 60 anos foi de 84% e 42%.
Conclusões/Considerações Fundamental compreender o perfil dos pacientes para atuar potencialmente nas demandas. Hipotetizando a respeito dos mais jovens terem maior porcentagem de IOT. Sabendo sobre a escassez de recursos no pico da pandemia, a “escolha” por investir na vida dos mais jovens pode ter sido uma realidade. Ademais, os encaminhamentos à AD são casos de sucesso, ou seja, aqueles com mais de 60 anos, submetidos a IOT podem, prevalentemente, terem ido a óbito.
|