38265 - FATORES ASSOCIADOS Á CONTAMINAÇÃO POR SARS-COV-2 NAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
JOÃO PERES NETO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, MARINA FINI DE SOUZA - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, ANDRÉ MARTINS CAMARGO BARBOSA - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, LEANDRO LOSCHIAVO MARSICO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, WANDER BARBIERI - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, DANIELLE DA COSTA PALACIO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, DAIANA BONFIM - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, CAMILA NASCIMENTO MONTEIRO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, ANA CAROLINA CINTRA NUNES MAFRA - HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS, MANOELITO FERREIRA SILVA JUNIOR - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Apresentação/Introdução
O risco de transmissão por SARS-CoV-2, pode ser extremamente alto na prática clínica odontológica. Os estudos sobre a contaminação por SARS-CoV-2 em Odontologia tem sido direcionado aos cirurgiões-dentistas (CD), e pouco se sabe sobre a realidade Auxiliares (ASB) e Técnicos em Saúde Bucal (TSB), principalmente dentro de serviços essenciais, como na Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
O objetivo desse estudo foi analisar a prevalência e os fatores associados ao contágio pelo SARS-CoV-2 entre profissionais de Equipes de Saúde Bucal (ESB).
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal realizado no período de fevereiro à setembro de 2020 no município de São Paulo, Brasil. Foram incluídos todos os profissionais das Equipes de Saúde Bucal de 11 Unidades Básicas de Saúde (UBS), das três diferentes categorias: Cirurgião-Dentista (CD), Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB). O desfecho do estudo foi a contaminação pelo SARS-CoV-2 e as variáveis independentes (sociodemográficas, laborais e comportamentais) sendo realizadas analises descritivas com frequências absolutas (n) e relativas (%), análise inferencial por meio do qui-quadrado e Teste Exato de Fisher (p<0,05).
Resultados
Participaram do estudo 64 profissionais de saúde bucal, A maioria dos participantes era mulher (84,4%), ≤ 44 anos (60,9%), branca (51,6%), nível superior ou mais (50,0%), renda ≤ 5 mil reais (54,7%) e média <1 habitante/cômodo (78,9%).
Houve uma prevalência de 20,3% de contaminação pelo SARS-CoV-2 entre os profissionais de saúde bucal. No entanto, em uma análise por categoria profissional, enquanto foi de 3,8% para CD, foi de 30,0% para ASB e 33,3% pata TSB. O diagnóstico da contaminação por SARS-CoV-2 foi associado menor renda (p=0,027), menor nível de escolaridade (p=0,011), categoria profissional técnica (TSB e ASB) (p=0,025) e meio de transporte para o trabalho aglomerado (p=0,009).
Conclusões/Considerações
A alta prevalência de COVID-19 entre os profissionais técnicos, quando comparados ao cirurgião- dentista, pode indicar que possivelmente a contaminação pelo SARS-CoV-2, tenha ocorrido fora do ambiente de trabalho, uma vez que os profissionais dispunham de EPI em quantidade e qualidade, formação para o trabalho na pandemia, sentindo-se seguros e preparados, com disponibilidade e boa avaliação dos EPI.
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