Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

44564 - CUIDADO FUNCIONAL À SAÚDE APÓS INTERNAÇÃO POR COVID-19: CRITÉRIO PARA CONTINUIDADE ASSISTENCIAL?
NAYARA OLIVEIRA SANTOS - USP, VIVIAN CINTRA SOUSA - USP, FABIO CAVALCANTI FREITAS - USP, SARA CRISTINA APARECIDA DA SILVA - USP, DANIELLA DE MELO - USP, ÉRIKA CHRISTINA GOUVEIA E SILVA - USP, CAROLINE GIL DE GODOY - USP, JOSÉ EDUARDO POMPEU - USP, ANA CAROLINA BASSO SCHMITT - USP


Apresentação/Introdução
A internação por Covid-19 impacta na funcionalidade pós-alta. Achados clínicos na literatura mostram pacientes com alta e clinicamente “curados” da Covid-19, algumas disfunções podem permanecer. Assim é importante conhecer o cenário e as demandas para que, de forma assertiva, tenha continuidade do cuidado em saúde.

Objetivos
Verificar a relação da necessidade da continuidade assistencial de reabilitação e limitação das atividades de vida diária em adultos e idosos após alta hospitalar por Covid-19.

Metodologia
Foram avaliadas 185 pessoas de ambos sexos, após 30-45 dias da internação por Covid-19 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em contato telefônico, foram questionados sobre a orientação para necessidade de continuidade de reabilitação e a independência funcional pelo Índice de Barthel. A distribuição percentual e análise de tendência central e dispersão foram realizadas no Stata e o teste de chi quadrado verificou a relação da dependência funcional com a continuidade de assistência e acesso à fisioterapia.

Resultados
Os pacientes tinham idade média de 57 anos (de 21 a 85 anos), permaneceram internados 21,7 dias, em média, e 14,3 na unidade de terapia intensiva. A maioria (99 pessoas, 61,1%) recebeu orientação verbal ou escrita para continuidade assistencial após a alta hospitalar: 24 (13,0%) para procurar a unidade básica de saúde, 22 (12,0%) buscar médico, 9 (4,9%) ir ao pronto socorro e 3 (1,6%) retornar ao hospital. Porém apenas 81 (51,3%) estavam independentes das atividades básicas de vida diária após 30 dias de internação e somente 34 (53,1%) tiveram acesso à fisioterapia. Não houve associação entre o grau de dependência com o acesso à fisioterapia p=0,620 e nem com continuidade assistencial p= 0,362.

Conclusões/Considerações
Após alta hospitalar por Covid-19, houve comprometimento das atividades de vida diária e não foi critério para orientação à necessidade assistencial ou de reabilitação.