SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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44527 - CARACTERÍSTICAS DOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS REALIZADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19. SANDRA DE VASCONCELLOS SCHMIDT - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, ERIKA CARDOSO DOS REI - UFOP, MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO - UFES
Apresentação/Introdução A urgência odontológica na APS se caracteriza pelo atendimento prestado a pacientes acometidos por quadros agudos onde os serviços devem estar preparados para acolher e dar respostas às necessidades da população. Diante da pandemia da COVID-19, ocorreu a suspensão dos atendimentos eletivos, sendo mantido apenas os atendimentos de urgências odontológicas na maioria dos serviços de saúde.
Objetivos Avaliar as características dos atendimentos de urgências odontológicas realizados na Atenção Primária à Saúde do estado do Espírito Santo, durante a pandemia da COVID-19.
Metodologia Trata-se de um um estudo analítico, transversal, com cirurgiões-dentistas que atuam nas equipes de APS no SUS do estado do Espírito Santo. Os dados foram coletados por meio de um questionário eletrônico, entre maio e julho de 2020. Foram adotados como critérios de inclusão todos os cirurgiões-dentistas atuantes na APS e de exclusão os cirurgiões-dentistas da APS afastados por licença-saúde no período da pandemia da COVID-19.
Realizou-se análise descritiva dos dados e investigação da associação entre dados biossegurança, faixa etária e sexo dos dentistas por meio do teste qui-quadrado e o nível de significância adotado foi de 5%. Sendo utilizado o pacote estatístico IBM SPSS 20.0 .
Resultados Participaram do estudo 403 cirurgiões-dentistas. Os dados relativos aos atendimentos de urgência odontológica antes e durante a pandemia da COVID-19 evidenciou que 28,8% dos dentistas realizaram mais de 5 atendimentos atendimentos de urgência diários antes da pandemia; durante a pandemia houve redução nos atendimentos em que somente 7,4% dos dentistas realizaram mais de 5 atendimentos.
Evidencia-se o pequeno número de tratamento e ou encaminhamentos de biópsia de lesões de boca (11,4%), assim como a grande utilização de medicamentos para resolver os quadros de urgência. Sendo as urgências mais frequentes, as pulpites irreversíveis (70,0%) e abscessos dentais e periodontais (67,3%).
Conclusões/Considerações Ao contrário do esperado, concluiu-se com esse estudo que houve uma redução significativa no número de atendimentos odontológicos de urgência durante a pandemia. Esta redução pode levar a diagnóstico e tratamento tardios com agravos e demandas por tratamentos mais complexos ou mutiladores.
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