Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

44171 - REPERCUSSÕES DAS AÇÕES DA REDE TRABALHADORES & COVID-19 NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA
MARIA JULIANA MOURA CORREA - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA DA COSTA MATTOS - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, AUGUSTO DE SOUZA CAMPOS - FIOCRUZ DF, LEANDRO VARGAS B. DE CARVALHO - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, ANA LUIZA MICHEL CAVALCANTE - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, FABRÍCIO AUGUSTO MENEGON - UFSC, ROBERTO CARLOS RUIZ - UFSC, PAOLA FALCETA DA SILVA - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, CYRO HADDAD NOVELLO - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ, LILIANE REIS TEIXEIRA - CESTEH/ENPS/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
A população mais exposta ao SARS-CoV-2 foram trabalhadores/as essenciais e aqueles que para sobreviver estavam em atividade presencial, explicitando iniquidades entre classes sociais, etnias e gênero. A disseminação de informações sobre o vírus e as medidas de mitigação de riscos no trabalho para estes trabalhadores foi a questão central da Rede de Trabalhadores & Covid-19, lançada em 13/05/2020.

Objetivos
Aplicar inteligência artificial para a comunicação e informação com evidência cientifica sobre a exposição ao SARS-CoV-2 e prevenção nos ambientes de trabalho, para subsidiar planos de contingência e as decisões dos encarregados de políticas.

Metodologia
Criação da Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-CoV-2 no Brasil, com arquitetura de redes em três eixos: Pesquisa, SUS e Trabalhadores. A Rede está interligada por arranjos institucionais em 4 áreas: Informação, Ciência da Computação, Epidemiologia e Ação Coletiva. E constituídas por: 1. Pesquisa-ação; 2. Questionário web autoaplicável de comunicação de risco; 3. Observatório do Impacto das doenças Infecciosas no Trabalho; 4. Informes e comunicação mediante mineração de texto e processamento de linguagem natural e 5. Compartilhamento de experiências por meio de estudos/pesquisas, vigilância e ações dos movimentos sindicais e sociais.

Resultados
Acessaram o questionário online 2002 trabalhadores. Entretanto, foram considerados 572 devido a completitude e aceite do TCLE. A maioria homens (54.3%), raça branca (62,1), casados (45,2%), com carga horária de 21h a 40h semanais (60,4%). Maior representatividade na saúde e ciência (32,9%) e técnicos de nível médio (28,1%). O rastreio de Covid-19, revelou que mais da metade (50,5%), considera que o contato com caso confirmado ocorreu no trabalho. Além disso, foram realizadas reuniões e sessões cientificas. Produzidos informações, totalizando 9 pareceres e 10 informes sobre medidas de prevenção, testes e vacinas e orientações para trabalhadores de diversos ramos produtivos.

Conclusões/Considerações
As ações da Rede demonstram potencialidade da abordagem no fomento as iniciativas promotoras de vigilância à saúde dos trabalhadores, centradas na ciência e na abordagem participativa de saberes entre cientistas, trabalhadores e gestores. Entretanto, o exercício dessa construção, ainda exige esforços na superação de barreiras institucionais e do exercício na gestão compartilhada da informação para a defesa da vida e da saúde dos trabalhadores.