Sessão Assíncrona


SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)

44033 - ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE POR MULHERES NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID 19
AMANDA ALVAREZ GONÇALVES - UNESP, MARIANA ALICE OLIVEIRA IGNACIO - UNESP, KARYN CARREGÃ RODRIGUES - OS PIRANGI, MARGARETE APARECIDA SANTILI DE ALMEIDA - UNESP, MARLI TERESINHA CASSAMASSIMO DUARTE - UNESP


Apresentação/Introdução
A pandemia causada pelo Coronavírus trouxe a necessidade de implementação de medidas sanitárias para a contingência da transmissibilidade do vírus, sendo a principal delas o isolamento social, implementado adotando estratégias de controle da mobilidade da população. Nesse contexto, aumentaram-se as dificuldades de acesso às redes de proteção, incluindo-se nestas o acesso aos serviços de saúde.

Objetivos
Estudar o acesso a serviços de saúde por mulheres durante o período de pandemia do COVID-19, conforme a renda familiar.

Metodologia
Estudo transversal, cuja a amostra foi constituída por 1145 mulheres, com 18 anos ou mais, residentes nas cinco regiões do território nacional, com preponderância da Sudeste (87,3%). A coleta de dados foi realizada a partir de divulgação da pesquisa nos vários meios de comunicação digital, por meio de envio de questionário eletrônico elaborado no software livre LimeSurvey, de janeiro a maio de 2021. Foram analisadas variáveis sociodemográficas e relativas ao acesso aos serviços de saúde durante a pandemia de COVID-19, por meio da estatística descritiva, teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher, a luz do referencial de acesso de Botelho & França (2018).

Resultados
65,4% das mulheres deixaram de realizar ações de prevenção de saúde: consultas médicas de rotina (56,7%), consultas odontológicas (50,8%), exame citopatológico do colo uterino (50,4%), exames laboratoriais para check-up anual (49,1%) e mamografia (38,0%). Motivos: realização do distanciamento social (61,7%), medo de contrair COVID-19 (45,1%) e serviço de saúde não atendendo demandas de rotina durante o período de pandemia (29,1%). As participantes cuja renda familiar era menor que um salário-mínimo procuraram mais as unidades básicas de saúde (p<0,005) e aquelas com renda familiar menor que dois salários-mínimos foram as que mais deixaram de pegar remédio nos serviços de saúde (p<0,022).

Conclusões/Considerações
Observaram-se diferenças no acesso aos serviços de saúde, durante a pandemia de COVID-19, conforme faixa de renda familiar da mulher, com importância das unidades básicas para as de menor renda e lacunas de acompanhamento de doenças crônicas e para ações de prevenção. Sugerem-se necessidade de estabelecimento de estratégias de cuidado, visando a prevenção de complicações de doenças crônicas e prevenção de outros agravos à saúde desse grupo.