SA5.2 - EXPERIÊNCIAS, CONSEQUÊNCIAS E LEGADOS DA PANDEMIA DE COVID-19 (TODOS OS DIAS)
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42525 - DESAFIOS DE ATUAÇÃO DOS AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS (ACES) NO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES EM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 GLADYS MIYASHIRO MIYASHIRO - FIOCRUZ, JULIANA VALENTIM CHAIBLICH - FIOCRUZ, RAIANE FONTES DE OLIVEIRA - FIOCRUZ, GRÁCIA MARIA DE MIRANDA GONDIM - FIOCRUZ, FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA - FIOCRUZ, BÁRBARA CAMPOS SILVA VALENTE - FIOCRUZ, TATIANA NASCIMENTO DOCILE - FIOCRUZ, RODOLFO JOSÉ DAS NEVES PEREIRA - FIOCRUZ, MARTA GOMES DA FONSECA RIBEIRO - FIOCRUZ, ALEXANDRE PESSOA DIAS - FIOCRUZ
Apresentação/Introdução A pandemia da Covid-19 acentuou a vulnerabilidade de populações carentes que não dispõem de saneamento básico e de habitação adequada, determinantes sociais que são base para a ocorrência das arboviroses (dengue, chikungunya, zika). Os ACEs foram ao campo desde o início da pandemia para o enfrentamento das arboviroses e são testemunhos diretos dos problemas que aconteceram nos territórios das APS.
Objetivos Analisar o processo de trabalho dos ACEs no enfrentamento das arboviroses no território da APS na pandemia, visando fornecer subsídios para a promoção da saúde, segurança para o trabalhador e assegurar o manejo integrado de vetores de forma efetiva.
Metodologia Trata-se de estudo exploratório descritivo que utilizou métodos qualitativo e quantitativo. O estudo foi realizado com ACEs egressos do Curso Técnico em Vigilância em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz. Foram selecionados 30 ACEs que trabalhavam em áreas de favela, 03 por cada Coordenadoria Geral de Atenção Primária (CAP) de cada uma das 10 Áreas Programáticas da prefeitura do Rio de Janeiro. Os instrumentos da pesquisa foram questionário semiaberto, roteiro de grupo focal e a realização de oficina para sistematizar informações e elaborar recomendações de atuação. Todas as atividades foram realizadas de maneira virtual. Período da pesquisa 2020-2021.
Resultados Os ACEs foram ao campo desde o início da pandemia e testemunharam o comportamento da população. As visitas domiciliares foram realizadas no peridomicílio, mas faltou padronização nas CAPs. Não houve normatividade para afastar os grupos de risco, nem para uso de EPIs. Não houve atividades de mobilização social e continuaram utilizando agrotóxicos para o controle vetorial. Não tiveram capacitação técnica sobre o SARS-CoV-2 e a Covid-19, mas forneceram informações preventivas aos moradores durante as visitas domiciliares e nas ruas. Não foram informados dos casos de Covid-19 existentes no território da APS e muitos moradores receberam os ACEs sem máscaras aumentando o risco de contágio.
Conclusões/Considerações A pesquisa permitiu conhecer o processo de trabalho dos ACE e o comportamento da população nas favelas. O impacto foi diferenciado entre os profissionais da saúde. Os planos para o enfrentamento da Covid-19 ficaram focalizados no atendimento nas UBS e não no território onde o processo saúde doença é produzido. Os ACE atuaram no enfrentamento das arboviroses e da Covid-19, estiveram expostos ao SARS-CoV-2 no campo, sem segurança, e aos agrotóxicos
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